Um litro de óleo de cozinha pode contaminar até um milhão de litros de água, que equivale ao consumo de um ser humano por 14 anos. Sem contar que acaba chegando ao oceano e, em contato com a água do mar, libera gás metano (21 vezes mais agressivo que o carbono), um dos grandes vilões do aquecimento global, explica Marcos Menami, sócio da Biom Reciclagem de Óleo Vegetal. 

Pensando nisso e em uma outra finalidade para o óleo usado, Menami e seu irmão, Robson, moradores de Birigüi, oeste paulista, iniciaram há dois meses uma coleta pelo município. "Mapeamos a cidade em cinco regiões e cada dia da semana passamos em uma delas para coletar óleo de cozinha em pontos comerciais. Em cada comércio geralmente sobram, por semana, 50 litros de óleo", conta. E apesar de muita gente, principalmente no interior, fabricar seu próprio sabão com o resíduo, ainda há muitos outros que não sabem o que fazer com o material usado. "Em parceria com uma emissora de rádio local, passamos a divulgar o telefone da empresa para que quem não tiver um destino para o óleo possa nos procurar que vamos até o local recolher o material." 

Além de realizar esse trabalho, a cada cinco litros fornecidos, a Biom oferece algum produto de limpeza como detergente, amaciante, sabonete (adquiridos em outra parceria com um fabricante da cidade) ou mesmo uma nova lata de óleo por apenas 20% do preço do produto adquirido no supermercado. 

E para estender o projeto também às residências os irmãos estabeleceram um trabalho conjunto com uma cooperativa que já realiza a coleta seletiva de resíduos sólidos, como latas, vidro e papel, em Condomínios. Pretendem aproveitar a logística já existente, investir e ampliar a tarefa incluindo o resgate do óleo usado e estender a atuação para outros pontos de Birigüi. 

No mês de agosto iniciarão uma ação nas escolas, pegando carona em um ciclo de palestras com o intuito de desenvolver a consciência ambiental, realizado pela prefeitura, estimulando os alunos a trazer de casa o óleo usado para que seja reciclado. Em troca, a cada 100 litros, eles levam doces e pipocas para serem distribuídos. Segundo Menami, isso é apenas o começo. 

Pretendem expandir a coleta por cidades da redondeza por um raio de 100 quilômetros, incluindo Araçatuba, Penápolis, Lins e Guararapes. O intuito final do trabalho consiste na produção de biodiesel, que já conta com uma usina piloto realizando os primeiros testes. 

(Fonte: Veiculado no DiárioNet, em 09/07/2007)

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