Meio Ambiente – Projeto em Guarujá une ecologia com geração de renda

De empresários aos catadores, o mercado na coleta seletiva cresceu 40% nos dois últimos anos, segundo dados da pesquisa Ciclosoft, do Cempre (Compromisso Empresarial pela Reciclagem), entidade sem fins lucrativos fundada em 1992 e mantida por 22 empresas privadas de diversos setores.

Mas, na verdade, a reciclagem não pode ser vista apenas como um negócio que se resume à compra e venda de materiais como plástico, papelão, vidro ou metais. Acima de tudo, ela pode se transformar em um exemplo de cidadania, de resgate da auto-estima e de preservação ambiental.

É o que ocorre, desde 2005, no bairro de Santa Cruz dos Navegantes, em Guarujá. Lá, o lixo coletado no próprio manguezal que circunda a comunidade se transforma em pufes, poltronas, sofás, mesas, revisteiros e peças de tapeçaria. Em breve, vai virar até biodiesel.

5 mil garrafas
Por mês, segundo Lia Cassettari, cerca de cinco mil garrafas PET são recolhidas pela Cooper Ilha – uma cooperativa formada por 20 mulheres artesãs que transformam garrafas PET em ecomobiliário.

Lia é presidente da ONG Uno e Verso e coordenadora do projeto “Reutilizando Materiais e Reciclando Idéias”, que deu origem ao Cooper Ilha.

“Além de recolher as garrafas de casa em casa, três vezes por semana, a cada três meses fazemos um mutirão para retirada do lixo jogado no manguezal. Tudo isso se transforma em produtos que são vendidos e a renda revertida para a cooperativa”, explica.

Com apoio do banco HSBC e da Petrobras, Lia salienta que o projeto não tem como objetivo receber doação de recicláveis. Segundo a coordenadora, a idéia é gerar renda para as famílias por meio da venda dos produtos. Um pufe de PET, por exemplo, sai por cerca de R$40,00.

“Ao adquirir os produtos da Cooper Ilha você não só contribui para a sustentabilidade do Planeta como está gerando renda e ajudando uma comunidade a de desenvolver”, afirma, salientando que por trás desse trabalho, a ONG oferece cursos de consumo consciente e descarte correto dos detritos domésticos.

Sabão e Biodiesel
Além do ecomobiliário, que pode ser adquirido por meio do blog da Cooper Ilha na Internet, a ONG Uno e Verso estará em breve, iniciando outros dois trabalhos no bairro.

Com as embalagens longa vida, a ONG irá capacitar os jovens para a fabricação de mantas térmicas, que quando colocadas sob as telhas proporcionam um melhor conforto térmico nas residências. “Essas mantas diminuem em até 15°C a temperatura interna”, explica a coordenadora.

Outro projeto em fase de implantação é a reciclagem do óleo de cozinha. Com ele, os cooperados pretendem fabricar sabão e biodiesel. O combustível, segundo Lia, será destinado para os barcos dos pescadores artesanais da comunidade.

Quem quiser adquirir os produtos da Cooper Ilha pode ligar para 3354-1210 ou acessar o blog: http://cooperilha.blogspot.com/

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 17/09/2007)

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