Cerca de 13.200 toneladas de lixo doméstico (orgânico e seco) são coletadas mensalmente em Santos. Do total, em média, apenas 200 toneladas vão para a reciclagem, ou menos de 2% do que é produzido na Cidade. O número oficial do lixo limpo apesar de ter crescido nos primeiros meses deste ano, ainda está muito longe de ser o ideal.

De acordo com André Vilhena, diretor executivo da Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), entidade especializada no tema, as cidades brasileiras que já contam com coleta seletiva avançada atingem 10% do total.

Quando a coleta seletiva de Santos é comparada com a de Londrina, por exemplo, a distância é ainda maior. Vilhena, que classificou o município paranaense como o melhor, disse que 25% do lixo produzido pela cidade vai para a reciclagem.

‘‘Eu acredito que em Santos o que falta é comunicação’’. Para Vilhena, que esteve em Santos ontem e participou de audiência pública na Câmara, a principal barreira que ainda separa o santista de atingir índices maiores de coleta seletiva é a falta de informação.

Além disso, Vilhena explicou que muitos municípios que já avançaram no gerenciamento do lixo limpo estão trabalhando em parceria com cooperativas, como é o caso de Londrina. ‘‘As cooperativas diluem os custos’’.

Em Santos, o lixo reciclável é recolhido oficialmente pela Prodesan. No entanto, informalmente muitas pessoas da Cidade vivem dessa coleta.

‘‘Existe uma informalidade institucionalizada’’, alertou o vereador Fábio Alexandre Nunes, o Fabião  (PSB), que acompanhou Vilhena ontem na visita à Usina de Separação de Materiais, no bairro da Alemoa. ‘‘A gente luta pela inclusão do carrinheiro na coleta seletiva’’.

Com essas pessoas, Vilhena aposta que informalmente a Cidade coleta cinco vez mais do que o número oficial de lixo reciclável.

CRESCIMENTO
Somente no primeiro mês do ano, Santos registrou um aumento em torno de 41% no recolhimento de resíduos recicláveis. Em janeiro foram recolhidas 206,77 toneladas de material reciclável, contra 145,72 toneladas no mesmo período do ano passado. O número é o maior índice mensal desde a implementação do programa Coleta Seletiva.

Conforme o último balanço do Departamento de Apoio à Limpeza Pública (Deap), da Prodesan, em março foram coletadas 189,93 toneladas. No entanto, depois de passar pela Usina de Separação de Material, o peso líquido ficou em 151,30 toneladas.

Segundo Paulo Matsumoto, gerente do Deap, ‘‘tem muita coisa que vem e não é reciclável’’ — algo em torno de 20%.

Matsumoto explicou ainda que o lixo limpo é vendido e rende, em média, pouco mais R$ 20 mil por mês. Todo o processo de venda é feito por meio de licitação. De acordo com ele, a Prodesan fecha contrato com uma empresa anualmente, e neste documento os valores da tonelada do material (papel, vidro, metal e plástico) são estabelecidos.

Na opinião de Vilhena, esse sistema de licitação, ao qual a Prodesan é obrigada a se submeter, também atrapalha. ‘‘Uma cooperativa, por exemplo, pode conseguir preços melhores e mais agilidade’’.

Outro problema, lembrou Fabião, é o fato de a Baixada Santista não ter nenhuma indústria de reciclagem. ‘‘Nós somos apenas produtores’’. O parlamentar acredita que pelo fato de a região estar na ponta deste comércio — o lixo seletivo passa por várias etapas até chegar a destinação final —, acaba não lucrando o que poderia com o material vendido.

Destaques
A coleta seletiva é realizada de segunda a sábado, uma vez por semana, em cada bairro da área insular de Santos. Os locais são divulgados no Diário Oficial

A população pode colaborar separando no lixo doméstico o material reciclável do orgânico. Os materiais que devem ser separados para reciclagem são: metais (latas de refrigerante, de cerveja, de conservas, arames, fios, pregos, panelas e utensílios de ferro), plásticos (potes de todos os tipos, sacos de supermercado, embalagem para alimentos, vasilhas, vasilhames pet de refrigerante, água e suco, sacos de leite), vidros e papéis (jornais, folhas usadas e de rascunho, cartões, envelopes, revistas, papelão, embalagem longa vida, embalagens de ovos e cartolina)

(Fonte: Veiculado no Jornal A  Tribuna de Santos, em 10/04/2008)

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