Já imaginou viver em um mundo onde a principal matéria-prima para produção de plásticos fosse a poluição lançada pelas chaminés das indústrias?

Pois dentro de poucos anos, segundo estimativas do químico alemão Thomas E. Muller, o gás carbônico (CO2) será usado para fabricar o poliuretano, uma das resinas mais utilizadas no mundo, que entra na fabricação de produtos tão diversos como CDs, DVDs, lentes para óculos, faróis automotivos, velocímetros, mamadeiras, saltos de sapato ou garrafas para bebidas, entre outros produtos.

Muller e o japonês Toshiyasu Sakakura são os criadores dessa nova tecnologia. Em uma única chr39tacadachr39, a dupla conseguiu não só obter uma fonte barata e abundante para a produção de polímeros como, por tabela, diminuir a emissão na atmosfera de um dos principais gases que contribuem para o aquecimento global.

Saúde
Atualmente, os cientistas estimam que apenas o CO2 é responsável por mais de 60% dos chamados gases de Efeito Estufa (veja quadro). A cada ano, seis bilhões de toneladas de CO2 chegam à atmosfera por meio da produção de bens de consumo, energia e transporte. E detalhe: o gás leva de 50 a 200 anos para se dispersar.

Uma parcela significativa dessa poluição vem justamente da fabricação e distribuição de produtos à base de resinas plásticas. Segundo a Associação Européia de Produtores de Plásticos, 230 milhões de toneladas de resinas foram produzidas em todo o mundo - com um volume de crescimento da ordem de quase 10% ao ano desde 1950.

De acordo com Müller, essa crescente demanda indica que o novo processo tem grande potencial para se transformar em um dos maiores absorvedores de gás carbônico do meio ambiente.

Nova classe
Em tese, estaríamos vendo o nascimento de uma nova classe de artigos plásticos, isentos de petróleo e cuja produção poderia ser retroalimentada com matéria-prima oriunda de um resíduo poluente.

"Se for possível substituir outros tipos de polímeros, conseguiremos ser ecológicos e econômicos ao mesmo tempo", afirmou Muller, para quem a técnica, apesar de nova, não deve demorar a ser aplicada pela indústria.

"Acredito que seja uma questão de poucos anos para que os consumidores já estejam utilizando produtos derivados dos antigos poluentes", afirma. O estudo está sendo patrocinado pela multinacional alemã Bayer.

O bom e o mau Efeito Estufa
O termo chr39Efeito Estufachr39 tem hoje uma conotação negativa. Ele está associado ao aquecimento anormal do Planeta. Porém, é preciso lembrar que esse fenômeno natural é o que distingue a Terra dos demais planetas conhecidos: a presença de vida. Formada, entre outros, pelo gás carbônico (CO2), metano e vapor dchr39água, essa camada permite com que parte da radiação (calor) emitida pelo Sol não seja totalmente refletida de volta ao espaço. Na Lua, por exemplo, os termômetros podem variar de 150ºC negativos a 100ºC positivos. Vênus é outro exemplo. Como um carro fechado exposto ao Sol, esse vizinho da Terra é mais quente que Mercúrio, pois sua grossa camada de gases impede que parcela da luz solar deixe o Planeta, alcançando mais de 400ºC na superfície . Na Terra, entretanto, a composição da atmosfera permite com que a temperatura se mantenha, em média, a confortáveis 18ºC. 

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 21/04/2008)

Assessoria de Imprensa do Sicon
Av. Conselheiro Nébias, 472 - Encruzilhada - Santos - SP
Fone/Fax: (13) 3224-9933
Visite nosso site: www.sicon.org.br





Compartilhe

Veja outras notícias

Negociações coletivas encerradas para as bases territoriais de São Vicente, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

+

Leia mais

Atenção: Assembleia Geral Extraordinária - Negociação Coletiva 2024/2025 - Síndicos, participem!

+

Leia mais

Assembleia Geral Extraordinária

+

Leia mais