Um projeto desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) também transforma parte do esgoto produzido no Conjunto Residencial da USP (CRUSP) e no restaurante central da Universidade, em energia elétrica.

A partir do biogás obtido no tratamento do esgoto, o equipamentoé capaz de gerar 14 quilowats-hora (kWh) de energia, relativo à captação aproximada de 72 metros cúbicos (m3) diários do esgoto doméstico produzido por cerca de 500 pessoas. O metano é captado, purificado e armazenado em um gasômetro.

"Trata-se de um gás que é normalmente desprezado ou é emitido diretamente na atmosfera, agravando o impacto ambiental", avalia a engenheira química Vanessa Pecora, que ao lado do engenheiro mecânico Fernando Castro de Abreu, desenvolveu o protótipo. Segundo eles, o grande objetivo do projeto foi mostrar que é viável produzir energia a partir do esgoto.

Objetivo semelhante foi alcançado no Rio de Janeiro. Lá, a diferença éque os pesquisadores da UFRJ pretendem mostrar que é possível obter biodiesel a partir da coleta seletiva da gordura do esgoto.

UM POR UM

Segundo Luciano Basto, um dos coordenadores do projeto, cada litro de gordura equivale a0,9litrodedieselconvencional, ou seja, quase um por um. "Na verdade, se considerarmos o ganho de não poluir e o número de pessoas que deixam de ter problemas respiratórios, as vantagens são ainda maiores", afirmou.

Luciano se refere ao fato que o biodiesel, em relação ao diesel de petróleo, evita 80% de emissão de gás carbônico. Além disso, reduz a chuva ácida em 98% e a emissão de material particulado (fuligem) em cerca de 50%.

De acordo com o professor de engenharia Donato Aranda, a técnica de produção já está desenvolvida. O desafio inicial era extrair a gordura da escuma gerada no processo de tratamento de esgotos, o que foi possível por meio de um equipamento denominado`Extrator Soxhletchr39.

Feito isso, a gordura extraída (cerca de 10%) é colocada em reatores com 15% de metanol (150gramas/litro) e 1% de catalisador para acelerar a reação. A etapa final, segundo Aranda, éreduziraáguadobiocombustível, de 5% para 0,05%, e aferir o produto, para verificar se está nos padrões da ANP,o que também já foi obtido.

Fonte: A Tribuna Online - 08/12/2008

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