Novas pesquisas demonstraram que só fazer a massagem cardíaca já é eficaz.

Pessoas deixam de prestar primeiros-socorros por nojo ou medo, segundo estudo; conduta foi debatida em congresso em São Paulo.

A tradicional respiração boca-a-boca feita durante os primeiros socorros de uma parada cardíaca está com dias contados. Novos estudos demonstraram que as compressões ritmadas no tórax são tão eficazes quanto à respiração boca-a-boca que era intercalada com a massagem cardíaca.

As conclusões foram publicadas no mês passado em dois dos mais renomados periódicos de cardiologia (“Circulation” e “Resuscitation”). A recomendação é que, a partir de agora, só se faça as compressões torácicas ritmadas, de forma ininterrupta, por até 8 minutos.

As novas orientações foram repassadas ontem aos cardiologistas brasileiros durante o congresso da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) pelo médico Sérgio Timerman, diretor-científico do comitê de emergência da Fundação interamericana do Coração. O congresso acontece em São Paulo até amanhã.

Segundo Timerman, as pesquisas que embasaram a mudança de conduta verificaram que há falta de preparo das pessoas para fazer a massagem torácica e que 83% dos americanos não faziam respiração boca-a-boca por medo ou nojo.

“Os estudos concluíram que a respiração boca-a-boca não só constitui um fator preponderante para justificar a inércia das pessoas que abordam a vítima para prestar socorro imediato, como também não garante benefício durante as manobras da reanimação”, afirma o médico, que dirige o Departamento de Treinamento e Pesquisa em Emergências do Incor (Instituto do Coração).

Essas conclusões vão passar a integrar as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, segundo Timerman. “A idéia é disseminar isso para as sociedades médicas e a população em geral”.

Para ele, no Brasil, ainda é precário o treinamento das pessoas para as emergências cardíacas e isso pode ser crucial no momento de salvar ou não uma vida. Um outro estudo norte-americano demonstrou que o treinamento da população aumentou o número de ressucitações de 2% para 20%.

Seis em cada dez pessoas que morrem do coração são vítimas do infarto. Muitas mortes poderiam ser evitadas se o atendimento da vítima fosse feito nos dez minutos após o ataque.

Primeiros socorros

A nova recomendação
No socorro de uma parada cardíaca, devem-se fazer compressas torácicas ritmadas, de forma ininterrupta, por até 8 minutos. A orientação foi repassada ontem a médicos em um congresso de cardiologia em SP.

Estudo
Um estudo sobre a nova técnica saiu em revistas internacionais de cardiologia em abril.

Como era
A massagem era indicada aliada à respiração boca-a-boca.
 
(Fonte: Veiculado no Jornal Folha de São Paulo, em 02/05/2008)

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