A vida urbana está cada vez mais cercada de perigos visíveis e até invisíveis, que afetam as questões de saúde pública de todos nós.
 
Nos condomínios, que são um tipo de construção cada vez mais utilizado em nossas cidades, isso não é diferente. Por esse motivo é imprescindível que todos os moradores, proprietários, empregados e demais interessados têm que unir esforços no sentido de realizar ou exigir que se realizem as manutenções necessárias, em alguns casos obrigatórias, nos condomínios.
 
No litoral paulista, assim como em grande parte do país, uma das principais ameaças à saúde são doenças transmitidas pela água. Portanto, há necessidade tanto do poder público quanto de todos os particulares de fazerem sua parte para que os padrões de qualidade sanitária sejam respeitados.
 
Quanto ao Poder Público, especialmente no Estado de São Paulo, a aferição e o tratamento da água são realizados por empresa estadual responsável pelo fornecimento de água e tratamento de esgoto. Cabe aos particulares, especialmente aos condomínios, manterem suas redes hidráulicas em perfeitas condições de uso e funcionamento, seja no que se refere à qualidade, seja no que tange a coibir o mau uso do líquido, evitando o desperdício e eventuais riscos à saúde dos condôminos.
 
Dessa forma, faz-se necessária a manutenção das instalações hidráulicas, aqui incluídas desde a tubulação de água e de esgoto (caixa de gordura ou fossa séptica, inclusive), até a limpeza de caixa d’água e regulação da vazão de registros e de válvulas de descarga.
 
Essa tarefa diz respeito a todos os moradores dos condomínios, independentemente de serem proprietários, meros usuários ou inquilinos das unidades autônomas, sejam elas locais de moradia ou de negócios.
 
O papel do síndico, nesse caso, é primordial tanto no aspecto de efetivo controle das manutenções, verificações de excesso de consumo e eventuais vazamentos, como na conscientização dos demais condôminos de que é importante saber usar a água e comunicar no caso de situações anormais, que possam caracterizar fatos de mau uso ou de problemas de qualquer ordem relativo à água.
 
Um ponto importante na manutenção e no próprio controle na veiculação de doenças causadas pela utilização de água contaminada é o fato de que o síndico deve conhecer a rede hidráulica interna do e edifício, com o objetivo de ter o conhecimento de onde a mesma passa nas áreas comuns e unidades autônomas, assim como qual o material utilizado nesse sistema, a fim de que possam ser requisitados serviços adequados ás necessidades eventuais.
 
Não resolve apenas colocar filtros para a melhoria ou manutenção da qualidade da água a ser consumida no edifício. É essencial que seja procedida a manutenção das instalações hidráulicas para que eventual perda de qualidade não ocorra após a filtragem, ou seja, no espaço entre o filtro e cada unidade autônoma.
 
Todas essas tarefas e manutenções, além de exigirem um controle rigoroso pelo síndico e a contribuição ativa de cada morador ou proprietário, fazem com que o custo da cota condominial atinja valores mais altos, porém, não se pode e nem se deve deixar de promover a manutenção com o intuito exclusivo de não onerar o condomínio. Afinal de contas, a saúde não tem preço.

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