Normalmente, no penúltimo mês de cada ano, os síndicos são lembrados e homenageados por sua data, ou seja, o dia 30 de novembro.

 

Não se pode esquecer, porém, que longe de ser uma profissão ou uma atividade econômica, a função de síndico está aliada, em grande parte, a um conjunto de tarefas e de responsabilidades.

 

Nos dias atuais, ser síndico implica na árdua tarefa de se aprofundar, cada vez mais, no conhecimento das rotinas condominiais, das obrigações e necessidades daquela determinada comunidade, de possuir conhecimentos mínimos que permitam a mais adequada solução dos conflitos oriundos da relação de condomínio.

 

O síndico, pela legislação vigente (Código Civil), pode ser qualquer um, ou seja não há obrigatoriedade do interessado ser sequer proprietário de imóvel no condomínio. Aliás, a solução dada pela legislação ajuda a resolver um dos maiores problemas: a falta de interesse de assumir a direção do condomínio.

 

O que se tem visto quanto à ausência de interesse de condôminos assumirem o cargo de síndico é de que, infelizmente, em alguns casos, não apenas se perde o controle das ocorrências do condomínio, como também aquela comunidade pode estar sendo manipulada e lesada.

 

Ao homenagearmos o síndico, neste importante mês, devemos destacar que todos os moradores e proprietários depositam nele, o seu voto emitido a partir a eleição e também todos os anseios e compreensões do que vem a ser essa importante função.

 

O síndico da atualidade e do futuro, portanto, diferente daqueles que os antecederam, tem alguns desafios a serem encarados e vencidos.

 O primeiro diz respeito ao conhecimento. Esse saber não é específico ou exclusivo apenas no que tange ao aspecto jurídico da responsabilização das ações ou omissões do síndico, mas também abrange conhecimento nas áreas de relações humanas, na medida em que se espera e se exige que o síndico cumpra e faça cumprir a convenção condominial, o regulamento interno e a própria lei, por condôminos, moradores e eventuais visitantes do edifício e, por outro lado, saber se portar como líder entre seus subordinados, mostrando-lhes o caminho a ser seguido nas relações do cotidiano.

 

Outro desafio importante é a profissionalização da gestão condominial, onde cada vem mais se exigem conhecimentos voltados a questões contábeis, administrativas e econômicas a serem empregadas no dia a dia dos edifícios.

 

Um terceiro desafio que se coloca aos síndicos é a necessidade, cada vez mais, de atuação com transparência, o que exigirá do síndico o desempenho de um papel que o aproxime da solução dos problemas diários, observando que a cobrança de explicações dos atos da gestão é uma obrigação sua que não deve ser levada para o lado da desconfiança, mas sim da certeza.

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