Embasado em sua vasta experiência no setor, Durval Gonçalves Brasileiro, engenheiro civil, fala sobre o assunto.
 
Ponto-de-vista...
O ponto de partida para começar uma gestão condominial bem sucedida sem sombra de dúvida é detectar as dificuldades latentes do Condomínio em primeira instância. A partir daí, foi dada a largada para o maior desafio de todos os tempos: administrar com cautela e eficiência os recursos financeiros do prédio.

Cabe ao gestor elaborar uma planilha de custos que pode ser subdividida em duas etapas: despesas ordinárias (aquelas que são consideradas rotineiras) e elaboração de um fundo de reserva para sanar as dívidas que não estavam previstas no orçamento e podem ser conhecidas como emergenciais.

Perfil do síndico...
O síndico do futuro é visionário, organizado, planejador, ético, desbravador, supera limites e estabelece novos padrões de qualidade que tragam a antevisão necessária para agir diante daquilo que não é perceptível a todos.

O planejamento é uma ferramenta de trabalho indispensável no cotidiano de um gerenciador. Com ele, é possível traçar uma metodologia a ser seguida na hora de executar os planos definidos antecipadamente de acordo com o perfil do edifício avaliado.

Mais do que executar um bom planejamento, é imprescindível que haja uma interatividade entre condômino e síndico, visando sempre o bem comum do edifício.

Tipos de planejamento:
Fixo anual – é aquele em que são discriminadas as despesas do condomínio, como por exemplo: manutenção de extintores e elevadores, limpeza de caixa de gordura, dedetização, pagamento do 13º salário dos funcionários, dentre outras.

Preventivo e corretivo –
obras que precisam ser realizadas no Condomínio.

A Lei complementar 441, de 26 de dezembro de 2001, do município de Santos, define:

Os proprietários de imóveis comerciais ou residenciais são obrigados a realizar o laudo pericial para atestar dessa forma a segurança estrutural do imóvel.

Objetivo do laudo técnico...
Ele pode mostrar ao síndico problemas graves, ocultos aos olhos dos leigos e que podem comprometer a estrutura/estabilidade do prédio ou ocasionar acidentes.

Além disso, hoje também é necessário demonstrar que as pendências apresentadas no mesmo já foram sanadas.

“Em uma breve avaliação eu diria que pelos menos 50% dos prédios existentes no município possuem problemas estruturais”, salienta Durval.


Sr. Durval Brasileiro em seu escritório

Segundo o engenheiro, em Santos temos três fatores que contribuem para o prejuízo estrutural das edificações, são eles: salinidade, maresia e poluição.

Para evitar o surgimento desses transtornos no percurso da gestão, é necessária a realização de uma manutenção preventiva no edifício, aconselha o engenheiro.

Aparentemente, uma simples pintura pode parecer apenas uma questão de estética, porém também é uma forma de proteção da alvenaria (reboco) e vale lembrar que para parte externa é necessário que a tinta seja impermeável, orienta Durval.

Definição de padrões operacionais...
Os japoneses fazem isso há anos e também já foi exportado para o Ocidente com o nome de qualidade total. Estes documentos devem estar numa pasta junto com a Convenção do Prédio e passar de um síndico para o outro.





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