Já pensou em utilizar garrafas PET para ensinar química, física ou matemática? E que tal utilizá-las para construir armadilhas contra mosquitos?

A primeira dessas iniciativas vem dos químicos Alfredo Luis Mateus e Giovanni Moreira, autores do livro chr39Construindo com PET - Como ensinar truques novos com garrafas velhaschr39 (Editora Livraria da Física).

Além de trazer a história da criação e desenvolvimento desse polímero, sua resistência, durabilidade e aplicações, os dois pesquisadores resolveram mostrar, por meio de um guia ilustrado, como é possível transformá-las em ferramentas pedagógicas.

Desafio
No livro, professores, pais, alunos e catadores encontram 11 projetos que podem ser desenvolvidos com as PETs, por meio de instruções e fotografias que detalham, passo a passo, como cortar, furar, conectar e montar os experimentos.

Entre as opções, a obra mostra como construir figuras geométricas, modelos de moléculas e brinquedos educativos, como o chr39Origami de PETchr39, inspirado na arte centenária das dobraduras em papel.

Um dos desafios é a montagem de uma das estruturas mais importantes da história da ciência: a molécula de DNA. "Embora sua estrutura pareça muito complicada, na verdade a molécula responsável por carregar a informação genética para nossos descendentes contém poucas partes, que se repetem ao longo de sua cadeia. O DNA pode ser visto como uma longa escada", explica Alfredo.

Nesse caso, são necessárias 344 garrafas e 55 copinhos de filme brancos, além de tubos plásticos flexíveis como conectores.

Matéria-prima
Para Giovanni, "à medida em que as pessoas comecem a olhar para descartáveis como matéria-prima e não como lixo, elas terão mais incentivo para darem um destino correto para isso".

Segundo ele, o material pode ser utilizado até por cooperativa de catadores. "Eles se aproveitam das técnicas e a partir daí podem usar a imaginação e criatividade para desenvolver objetos a serem comercializados".

Para o uso na sala de aula, o livro ensina, por exemplo, como construir um duodecaedro — objeto com 12 lados, ideal para o entendimento da geometria e até da biologia. "Grande parte dos vírus, como da gripe, são organismos estruturados na forma de um duodecaedro", explica Giovanni.

O livro, com 80 páginas, custa R$ 35,00 e pode ser encomendado pelo site www.livrariadafisica.com.br.

Pesquisador cria ‘ratoeira‘ para mosquitos 
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criaram uma forma simples e divertida de combater mosquitos. A engenhoca, batizada de mosquitérica,  é uma armadilha feita com garrafas PET.

O projeto, desenvolvido pelos professores Maulori Cabral e Maria Isabel Liberto, tem dois grandes objetivos: o primeiro, e mais óbvio, é capturar todo tipo de mosquitos, inclusive o Aedes aegypti. O segundo é aproveitá-la como ferramenta de ensino.

De acordo com os cientistas, a mosquitérica permite mostrar, por exemplo, como se dá o ciclo de vida dessas criaturas, já que é feita de forma a atrair a fêmea a depositar seus ovos. Uma vez dentro da armadilha, eles irão eclodir, se transformar em larvas e destas em novos mosquitos, que permanecerão presos na garrafa.

Além disso, Cabral explica que conceitos como refração da luz e tensão da água também podem ser mostrados pelos professor aos alunos por meio da mosquitérica. 

Para o pesquisador, dependendo do número de larvas ou mosquitos que se desenvolverem dentro da armadilha, ela também serve como uma espécie de termômetro sobre a incidência dessas pragas em uma determinada região. 

"Estamos oferecendo para o mosquito comida, sombra e água fresca, um ambiente mais atraente do que a maioria dos focos", explicou o professor.

Cabral quer incentivar o uso das mosquitéricas, pois ao servir de depósito para os ovos depositados pela fêmea do Aedes, ela é capaz de interromper o ciclo de transmissões da dengue, diminuindo a necessidade do uso de inseticidas.

Apesar de o experimento ainda não ter sido publicado em nenhuma revista científica, o professor disse já ter feito estudos em escolas municipais de Saquarema (Região dos Lagos) e Macaé (zona norte), no Rio, que comprovaram sua eficiência na redução do número de transmissores da dengue.

Armadilhas semelhantes vêm sendo disseminadas em vários países, principalmente no leste asiático. Já há, inclusive, modelos industrializados, de onde derivam as genéricas, feitas de PET, como mosquitérica.

Como fazer
Materiais
Uma garrafa PET de 1,5 ou 2 litros; tesoura; lixa de madeira; fita isolante preta; um pedaço (7 x 7 cm) de tule, quatro grãos de alpiste, arroz ou ração felina; Tire a tampa da garrafa. Remova e separe o anel do lacre. 
Dobre o tule e prenda-o à boca da garrafa com o anel do lacre. Apare o excedente da malha.
Corte a garrafa em duas partes. A parte de baixo da garrafa servirá como um copo. A outra, na posição de um funil, será a tampa.
Lixe a face interna da boca do funil, até que fique áspera e fosca. 
Encha a parte de baixo da garrafa (o copo) com água. Coloque o alimento.
Em seguida, encaixe o funil no copo. O nível da água deve ocupar parte do funil, mas distante alguns centímetros do ponto em que ele toda a borda do copo. Nesse ponto, vede com a fita isolante até que as duas partes fiquem presas. Está pronta a armadilha.
Coloque-a em local sombreado, dentro ou fora da residência.
Complete o nível da água periodicamente.
Para eliminar o conteúdo, basta adicionar detergente e agitar. Após alguns minutos é só lavar todo o conjunto (copo e funil) e remontar a armadilha.

PET vira desconto em padarias
A questão de como integrar adequadamente diferentes agentes para a promoção da reciclagem ganhou uma nova - e criativa - solução no Distrito Federal.

Com o apoio da Coca-Cola, o projeto chr39PET Vazia Coração Cheiochr39 vem sendo desenvolvido, desde agosto do ano passado, com a participação da Brasal Refrigerantes S.A. (fabricante local da Coca-Cola), da Cooperativa 100Dimensão e do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília (SIAB).

"Nosso objetivo é minimizar o impacto ambiental provocado pelas garrafas PET e conscientizar a sociedade quanto à importância de seu envolvimento", conta Sandra Medeiros, gerente de Marketing da Brasal.

Para isso, o consumidor é incentivado a entregar suas garrafas PET em uma das panificadoras participantes. Para estimular a participação e agradecer a contribuição, as panificadoras fornecem um pãozinho para cada quatro garrafas coletadas.

"Escolhemos as padarias por serem um forte parceiro comercial da Brasal e também pela facilidade logística para o consumidor que sempre tem uma panificadora perto de casa", explica Sandra.

A Brasal é responsável pela infra-estrutura do projeto que envolve a confecção e instalação de contêineres nas padarias e de material de comunicação (faixas, banners e folhetos). O SIAB, por meio das panificadoras, se encarrega da armazenagem das garrafas coletadas e pelo custo do pãozinho.

Por enquanto, 50 panificadoras fazem parte do projeto que coletou, nos quatro meses e meio de sua duração em 2007, 32 toneladas de material, o que equivale a aproximadamente 588 mil embalagens. A receita obtida é direcionada a 200 famílias que participam da Cooperativa. Mas a perspectiva é crescer muito mais.

"Esperamos chegar ao final de 2008 com 400 padarias dentro do projeto", garante Sandra.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 24/03/2008)

Assessoria de Imprensa do Sicon
Av. Conselheiro Nébias, 472 - Encruzilhada - Santos - SP
Fone/Fax: (13) 3224-9933
Visite nosso site: www.sicon.org.br






Compartilhe

Veja outras notícias

Negociações coletivas encerradas para as bases territoriais de São Vicente, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

+

Leia mais

Atenção: Assembleia Geral Extraordinária - Negociação Coletiva 2024/2025 - Síndicos, participem!

+

Leia mais

Assembleia Geral Extraordinária

+

Leia mais