A retinopatia diabética e a degeneração macular são dois dos mais freqüentes problemas que afetam a visão com o avançar dos anos e que, se não tratados, podem levar à cegueira. No primeiro caso, atinge portadores de diabetes, doença que costuma aparecer com a idade. "Acredita-se que 5% dos pacientes diabéticos terão problema de visão em até 10 anos do diagnóstico da doença", informa o médico oftalmologista Gustavo Teixeira Grottone, do Instituto da Saúde Ocular. Já a degeneração está totalmente relacionada com o envelhecimento do corpo e pode ocorrer em qualquer pessoa, mesmo aquelas que nunca tiveram problema de visão no decorrer da vida.

 "Em sua evolução, a diabetes causa lesões que afetam artérias e veias do corpo e os órgãos que mais sofrem são os olhos e os rins", explica Gustavo Grottone. Nos olhos, o diabetes pode causar alterações no cristalino, originando a catarata (que é reversível com cirurgia) ou provocando hemorragias e vazamentos na retina e também alterações do nervo ótico. Mas o maior foco de atenção em pacientes diabetes, segundo Grottone, é o fundo do olho ou retina, que pode levar à cegueira irreversível.


 

Sintomas e controle
Os principais sintomas da retinopatia são quebra gradual da visão (em casos iniciais), seguidos, muitas vezes, por episódios de queda abrupta da visão. "A perda gradual é causada por vazamentos que atingem o fundo do olho, inundando as veias e artérias que compõem a retina. Já a perda abrupta acontece normalmente em casos avançados da doença, onde vasos malformados se partem e originam hemorragia maciça e descolamento da retina".


 

A orientação do médico para pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1, antes dos 30 anos de idade, é fazer o exame de fundo de olho a partir de cinco anos da descoberta da doença. Em pacientes acima desta idade, o exame deve ser feito imediatamente, pois a doença pode estar presente há muito tempo no corpo sem que tivesse apresentado sintomas mais claros. Em ambos os casos, é preciso repetir os exames anualmente.

Degeneração macular
A doença costuma aparecer a partir dos 60 anos e estima-se que 1% da população mundial irá sofrer de algum tipo de degeneração macular. "É a alteração de fundo de olho, ou retina, decorrente do envelhecimento. Causa na região central da visão (chamada de mácula) um desgaste que leva gradativamente à perda da visão".


 

Há dois tipos de degeneração macular: a seca - que é a alteração progressiva, deixando como seqüela uma mancha no meio da visão - e a úmida, caracterizada por manchas na visão e distorção de objetos. "Neste caso, o desgaste faz com que ocorram falhas na camada que está logo abaixo da mácula. Começa a ter uma invasão de vasos, o que causa sangramentos e vazamentos. Com a piora da doença ocorre perda severa da visão".

Segundo o médico, para a degeneração seca não há tratamento, "especula-se que complexos vitamínicos ao longo da vida evitem o aparecimento. O hábito do tabagismo e a exposição a altos índices de raios ultravioletas podem tornar a pessoa mais suscetível aos dois tipos, além da predisposição genética".

A degeneração pode ocorrer em um olho e depois surgir em outro, e o tipo seco também pode evoluir para o úmido. "O recomendável é fazer exame anual a partir dos 70 anos de idade, mas dos 60 em diante, caso apareça algum sintoma, deve-se procurar imediatamente um médico especialista em retina para diagnóstico".

Tratamentos
No caso de hemorragia, quando ainda não caiu a visão, o tratamento é feito com laser, cauterizando as regiões de sangramentos e vazamentos. No estágio mais avançado, com hemorragia maciça e descolamento da retina da doença, há duas opções de tratamento: a cirurgia de vitrectomia (limpeza interna do olho) e a aplicação de substâncias angiogênicas diretamente no olho (que funcionam como bloqueadores da mensagem do próprio organismo que originam as hemorragias maciças). As novas drogas, também usadas na degeneração macular do tipo úmida, são consideradas as mais avançadas no tratamento. No caso da opção cirúrgica, Gustavo Grottone comenta que uma nova técnica utiliza agulha com a espessura da que é usada na aplicação de insulina, o que confere ao paciente rápida recuperação e resultados melhores. Serviço: Instituto da Saúde Ocular, rua Bento de Abreu, 20, tel 3295-8888, www.saudeocular.com


 

Sucos verdes
Todas as folhas verdes e as sementes germinadas contêm inúmeros nutrientes, que incluem vitaminas, minerais, fitoquímicos, aminoácidos e principalmente enzimas. O suco de clorofila, por exemplo, atua para melhorar a condição sanguínea, pois tem ação antioxidante, reparando as estruturas danificadas das moléculas do corpo e, com isso, contribuindo para reduzir a velocidade do envelhecimento. A dica da nutricionista Daniela Jobst é tomar uma vez ao dia um suco de clorofila (que é o pigmento verde escuro das verduras). "Pode ser a clorofila congelada ou outro suco que contenha folhas verdes, como suco de abacaxi com hortelã, couve com laranja lima". A sugestão dela como alternativa para o sachê congelado de clorofila é passar folhas de couve-manteiga na centrífuga. "Acrescente uma colher de sopa do sumo, riquíssimo em clorofila, no preparo de sucos. Vale também bater três folhas grandes de couve com 1 copo (200 ml) de suco de laranja, coar e beber".


 

Câimbras
O corpo parece se esticar todo e vem aquela dor que mais parece um choque elétrico. É a câimbra dando o ar da graça. Muitos atletas, de amadores a profissionais, já tiveram essa sensação após um esforço muito grande nos treinos ou nas provas, ou até mesmo durante algum deles. "O que acontece é uma espécie de erro de comando no organismo quando há a fadiga no músculo", explica o médico ortopedista Ricardo Munir Nahas, diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).

Na maioria das vezes, a câimbra é associada à falta de potássio, presente em abundância na banana, mas pode também estar relacionada à falta de sódio no organismo. Outra causa comum é a pouca circulação de sangue nos músculos, como pode acontecer após uma refeição, já que boa parte do sangue fica concentrada em realizar a digestão.

Para repor o sódio, bebidas isotônicas e até uma pitada de sal podem resolver. No caso do potássio, além da banana, existem diversos alimentos que fazem a mesma função de repor a substância, como a água de coco, abacate, agrião, alho, carne vermelha, brócolis, farelo de trigo, feijão preto e branco, frutos do mar, grão de bico, soja, couve, frutos oleoaginosos (amêndoa, avelã, castanha de caju), salmão, tomate, tubérculos batata, mandioca), entre outros.


 

Sabendo usar o computador
Quando bem utilizado, o computador pode se tornar um aliado do desenvolvimento e do aprendizado da criança, lembra a médica hebeatra Mônica Coutinho, que, entretanto, adverte: "a Internet não educa, informa. Pais e professores são insubstituíveis". Entre as funções positivas da informática, a médica especialista em adolescência destaca o auxílio nas lições de casa, o desenvolvimento da coordenação motora e o exercício do raciocínio lógico. "O segredo está em estabelecer limites. Como em qualquer outra atividade, os responsáveis devem determinar o tempo que os filhos podem passar conectados. Outro fator importante é supervisionar os sites acessados e orientá-los sobre os riscos que o contato com desconhecidos aparentemente amigáveis apresenta".

Segundo ela, as conseqüências do uso exacerbado podem atingir os âmbitos psicossocial e físico. "O excesso pode reforçar a timidez. Pode ainda provocar queda no rendimento escolar, visto que não há prioridades para outras 
atividades". No âmbito físico, as crianças e os adolescentes podem ser acometidos pelo tecnoestresse, que engloba alterações oculares - como a tensão visual - e na coluna. "Para evitá-los, os pais devem orientar os filhos a estabelecer intervalos para descanso dos olhos e, para evitar problemas ortopédicos, verificar se o teclado está alinhado aos cotovelos, se os punhos estão sempre retos e apoiados, se o tronco e os pés também têm local de apoio. Se necessário, devem lançar mão de suportes para elevar o monitor e o assento".


 

Gordura no fígado
Segundo o médico William Abrão Saad, o acúmulo de gordura no fígado - esteatose hepática - é mais comum em pessoas com diabetes, hipertensas e obesas, embora possa afetar qualquer pessoa. "Pacientes com esses problemas devem ser observados pelos médicos para a detecção da doença, uma vez que ela não produz sintomas como dor, por exemplo. O fígado, infelizmente, é um órgão que sofre calado e, quando aparecem os primeiros sintomas, geralmente a doença está bem evoluída, às vezes até fora de alcance terapêutico", esclarece.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e ultra-som do abdômen. O tratamento inclui dieta alimentar, exercícios físicos e medicações, principalmente para redução dos níveis de colesterol e triglicérides. Também pessoas magras podem apresentar esse acúmulo e, como explica o médico, esses casos são mais difíceis de ser tratados, pois normalmente resultam de falha no metabolismo das gorduras que se depositam no fígado.


 

Exercício exige tempo para acostumar
Nada de desistir nas primeiras tentativas e dores no corpo: o prazer em praticar exercício vem com o tempo, garante o treinador Alexandre Maximiliano. "Existe uma barreira psicológica e física em qualquer início de atividade, que dura cerca de três meses. Só depois desse tempo o esporte será prazeroso, e o indivíduo poderá perceber se tomou ou não gosto pela prática", explica. "No princípio, a respiração é complicada, as dores musculares existem e os resultados físicos não são tão evidentes", diz. Segundo ele, o esporte tem de ser incorporado à rotina, "não deve ser em excesso e nem em horários absurdos para não traumatizar".


 

Síndrome Metabólica: uma questão de barriga

-Você sabe a diferença entre abdome e barriga?
Barriga é um abdome com gordura, um abdome grande, largo e gorduroso.


 

O abdome é uma cavidade onde estão localizados muitos dos órgãos responsáveis pelo nosso metabolismo e no seu revestimento externo deve ser constituído, principalmente, de músculos e pequena quantidade de gordura. Se ocorrer o contrário, então temos uma barriga, ou seja, a barriga é um abdome cheio de gordura, mas uma gordura muito perigosa porque não está somente para fora, está para dentro também, prejudicando o funcionamento dos órgãos do metabolismo.

Carecendo de uma definição única, a Síndrome Metabólica foi descrita pela primeira vez em 1922 e tem recebido várias denominações desde então: quarteto mortal, síndrome X, síndrome plurimetabólica, síndrome da resistência à insulina. Em 1988, o Dr. Reaven descreveu melhor a síndrome e caracterizou a resistência à insulina como um de seus principais mecanismos. A causa está associada a componentes genéticos e ambientais. A prevalência é relativamente alta na população adulta, cerca de 25% a 40% dos adultos. Sob o ponto de vista epidemiológico, apresentando-se como um dos principais desafios da prática clínica aumentando a mortalidade geral em cerca de 1,5 vez e a cardiovascular em 2,5 vezes. Do ponto de vista mecanístico, a obesidade visceral parece ter importante papel e contribuir com várias alterações bioquímicas e hormonais encontradas nos portadores da síndrome metabólica.

Em sua última publicação em 2006, a Federação Internacional de Diabetes forneceu a melhor definição de Síndrome Metabólica, principalmente porque, diferente das definições anteriores, respeitou as características étnicas das populações:

É portador de Síndrome Metabólica, em nosso país, a mulher que tiver circunferência abdominal igual ou maior que 80 cm e o homem que tiver igual ou maior que 90 cm e mais dois de qualquer um dos outros quatro componentes a seguir:

1. Triglicérides igual ou maior a 150 mg/dL ou tratamento específico para anormalidades lipídicas;

2. HDL-Colesterol: igual ou menor que 50 mg/dL em mulheres e igual ou menor que 40 mg/dL em homens ou tratamento específico para anormalidades lipídicas;

3. Pressão Arterial: igual ou maior do que 130 x 85 mm Hg ou tratamento para hipertensão arterial previamente diagnosticada;

4. Glicemia de jejum igual ou maior do que 100 mg/dL ou diagnóstico prévio de diabetes tipo 2.

Exemplos: 
1-Tem Síndrome Metabólica que tem aumento do abdome, pressão alta e diabetes. 
2-Tem Síndrome Metabólica que tem aumento do abdome, aumento dos triglicérides e HDL-Colesterol baixo.

Assim, se você entender que ter barriga não é questão de status financeiro e sim questão de status de saúde, você vai começar a se cuidar e diminuir essa sua barriguinha, que é um tremendo risco de você ter um ataque cardíaco ou derrame.

Simples, sim muito simples como tudo que é claro, objetivo e inteligente. Só pela barriga podemos medir seu risco de complicar sua vida, e, o que é pior, às vezes, definitivamente. Portanto, meu caro amigo, vamos apertar o cinto e diminuir a barriguinha, trocando por um abdome de músculos, com menos gordura, mais magro, mais saudável, diminuindo seus riscos de adoecer.

A diferença entre ter um abdome e uma barriga pode ser a diferença entre ter saúde e doença. Continuaremos neste tema na próxima semana porque barriga é sinal de perigo. Um saudável e fraterno abraço.

(Fonte: Veiculado no Jornal da Orla, em 22/07/2007)

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