Infarto

Um quadro de hipertensão associado com o estresse rotineiro do trabalho e uma vida sedentária, sem manter atividade física periódica. Esses são fatores que contribuem para a ocorrência do enfarto do miocárdio, doença que matou na noite da última quarta-feira o diretor-executivo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e assessor especial do governador José Serra, Rubens Lara, aos 64 anos de idade.

A doença é provocada pelo entupimento das artérias coronárias do coração, através de pequenos coágulos sanguíneos. A partir desse momento, a artéria deixa de receber sangue, provocando a morte das células (fibras musculares) e comprometendo as áreas que controlam as batidas do coração, provocando as arritmias.

Por ser uma doença degenerativa, acaba oferecendo mais risco para pessoas com idade mais avançada, exigindo um acompanhamento periódico e frequente.

Especialistas apontam que 25% dos enfartos levam à morte em questão de minutos ou segundos.

O médico José Ricardo Di Renzo, amigo pessoal de Lara, revela que ele tinha hipertensão e fazia o controle da taxa de colesterol regularmente.

A informação foi confirmada por Jeferson Novelli, amigo pessoal de Lara há mais de 40 anos. ‘‘Ele (Lara) não fumava, fez um check-up recentemente e fazia caminhadas regularmente. Para nós, foi uma surpresa muito grande’’.

Chefe do setor de Cardiologia da Santa Casa de Santos e diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Carlos Alberto Cyrillo Sellera explica que o ideal é sempre verificar as condições de fator de risco.

‘‘A partir dos 35 anos, é recomendado que se façam os exames periódicos. Mas isso não signifca que pessoas mais jovens não devam ter cuidado. É preciso avaliar se há, por exemplo, casos de hipertensão ou de outro tipo de doença cardíaca na família’’, sentenciou.

O exercício físico tem um papel importante para melhorar o condicionamento do corpo. É recomendado andar pelo menos três vezes por semana durante 30 minutos. Durante o exercício, o coração é obrigado a trabalhar mais, favorecendo a circulação das artérias e diminuindo as chances de um entupimento.

O enfarto acaba surgindo de forma silenciosa porque o processo de entupimento das artérias é gradativo. ‘‘O problema não acontece de uma hora para outra. Varia conforme o quadro clínico do paciente’’.

Pessoas obesas, portadores de diabetes e fumantes devem manter a atenção redobrada. ‘‘Esses três casos oferecem um risco maior para os pacientes. Quando é detectada uma alteração significativa no nível de colesterol ou no exame de medição da pressão arterial, recomendamos sempre uma dieta equilibrada de acordo com o histórico do paciente, além de atividades físicas moderadas, como o já citado ato de caminhar’’.

Hipertensão exige atenção

Um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde na Capital revelou que as pessoas hipertensas demoram para procurar acompanhamento médico especializado. A pesquisa foi feita com 500 pacientes atendidos no ambulatório do Hospital Estadual Ipiranga, que relataram ter a doença há cerca de oito anos, em média.

Entre as mulheres, a média é mais alta. As pacientes atendidas na unidade informaram que levaram cerca de nove anos para procurar tratamento contínuo após a detecção do problema.

Essa demora na busca de auxílio acabou refletindo no surgimento de doenças associadas em 51% dos pacientes atendidos no ambulatório, como diabetes e insuficiência renal. E 58% dos pacientes relataram ter histórico familiar de hipertensão.

‘‘Normalmente só procuram o médico quando se sentem mal e param de tomar o medicamento logo que apresentam alguma melhora’’, afirmou Fernando Lara, coordenador do Ambulatório do Hospital Ipiranga.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 14/03/2008)

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