Mais de 2 milhões de brasileiros são portadores de doenças renais crônicas, mas cerca de 60% dessas pessoas não sabem disso. Esse número cresce a cada ano e preocupa a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), que comemora hoje o Dia Mundial do Rim, com o objetivo de divulgar e prevenir essas doenças.

De acordo com a entidade, em todo o mundo, cerca de 1,5 milhão de pessoas sobrevivem à custa de terapia de substituição renal (diálise ou transplante de rim).

No Brasil, existem hoje pouco mais de 70 mil pacientes em diálise. Só na Santa Casa de Santos, hospital referência no tratamento na região, são, em média, 250 pessoas.

Os números mundiais devem dobrar nos próximos 10 anos, e o custo cumulativo desses tratamentos para a próxima década deve exceder US$ 1 trilhão, o que pode prejudicar os orçamentos destinados à Saúde Pública.

A SBN acredita que os países em desenvolvimento ‘‘simplesmente’’ não terão condições econômicas de tratar adequadamente os doentes renais crônicos.

No Brasil, o custo do tratamento de substituição renal gira em torno de 2 bilhões por ano, o que representa uma boa fatia do orçamento da Saúde. ‘‘E o SUS (Sistema Único de Saúde) não está preparado para isso. O Governo gasta por mês cerca de R$ 4 mil com cada paciente em tratamento de doença renal crônica, entre exames, medicamentos, internações e diálises’’, explica o médico assistente do Serviço de Nefrologia da Santa Casa, Rubens Escobar Pires Lodi.

‘‘A doença renal é lenta e progressiva. Quando a pessoa identifica os sintomas, já está com 70% do órgão comprometido”.

Entre os possíveis indícios de doenças renais estão pressão alta, inchaço nas pernas, anemia, fraqueza e desânimo, náuseas e vômitos frequentes pela manhã, sangue na urina, dores lombares, cólicas renais causadas por cálculos, além de dor, ardor ou dificuldade para urinar, urina malcheirosa ou turva e aumento da frequência das micções.

Prevenção
Para evitar uma possível doença renal é preciso começar pela prevenção. O primeiro passo é passar por uma avaliação médica e fazer um check-up do rim. A medição da creatinina, feita através de um exame de sangue usado há 120 anos, pode detectar alguns dos problemas. O exame de urina é outro procedimento simples que pode ajudar na detecção de doenças.

Diminuir a ingestão de sal ajuda na prevenção desses males. ‘‘As pessoas comem oito vezes mais sal do que deveriam. O ideal é consumir de 4 a 6 gramas diárias, mas um sanduíche de fast food tem o dobro dessa quantidade. E para eliminar esse sal, o rim precisa trabalhar mais, o que resulta em um tempo de vida menor do órgão’’.

Segundo o nefrologista, beber bastante água é fundamental. ‘‘A população não bebe água. É preciso ingerir em média 2 litros por dia’’.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 13/03/2008)

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