Por trás do que pode parecer preguiça, mau humor ou indisposição crônica, pode estar um mal maior: a Síndrome de Burnout (ou Síndrome do Esgotamento Profissional), um distúrbio ainda pouco conhecido da população e que se manifesta somente no ambiente de trabalho. "Fora do trabalho o indivíduo tem um comportamento normal", explica a psicóloga Maria Fernanda Marcondes Neves, que atua no tratamento do problema.

Nos Estados Unidos a Síndrome de Burnout é tida como caso de saúde pública, devido às complicações psicológicas, físicas e sociais que pode acarretar. 

O termo Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional que resulta em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.

Segundo Maria Fernanda, é comum confundirem a síndrome com estresse, mas ela apresenta características próprias identificadas através do preenchimento de um questionário.

Entre os sintomas estão a depressão, ansiedade, absenteísmo, cansaço constante, apatia, irritabilidade, sono excessivo e despersonalização.

As mais marcantes singularidades da síndrome são a “exaustão emocional”,  caracterizada pelo esgotamento, falta de energia e baixa auto-estima, a “despersonalização”, na qual a pessoa torna-se fria no contato com outras, revela-se constantemente impaciente e não raramente tem atitudes grosseiras, cínicas e irônicas, e a “reduzida realização profissional”, sempre acompanhada de sensação de inadequação, baixa avaliação profissional e insatisfação permanente.

"Aliado a outros fatores, percebe-se que não é um problema dele, mas do ambiente de trabalho. Quando o distúrbio está em estágio avançado, a pessoa incorpora e passa a prejudicar a vida como um todo. Aí entram as comorbidades, como a depressão", explica a psicóloga.

Ela comenta que todo trabalhador que vive sob pressão pode desenvolver a síndrome. Algumas categorias estão mais sujeitas, como profissionais da saúde, policiais, professores que atuam nas periferias das grandes cidades, entre outras que vivem sob forte desgaste.

Tratamento psicoterapêutico
O tratamento da Síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêutico, explica Maria Fernanda. "Os pensamentos geram os comportamentos. É preciso começar a se enxergar de outro jeito, resignificando os pensamentos para mudar a qualidade de vida do trabalhador. Em situações mais graves pode-se lançar mão de medicamentos indicados por médico para atenuar a ansiedade e a tensão".

A terapia inclui sessões de relaxamento, respiração, atividade física, reeducação alimentar e, principalmente, estratégias emocionais para trabalhar a auto-estima da pessoa. "Em casos iniciais é possível combater a síndrome com uma ou duas palestras, que permitem ao trabalhador perceber o que lhe está acontecendo. Outros, mais avançados, exigem trabalho clínico".

Serviço - A psicóloga Maria Fernanda Marcondes de Moura Neves ministra palestras gratuitas sobre a Síndrome de Burnout para empresas, sindicatos e outras instituições interessadas. O endereço é rua Goiás 53, tel 32863857, e-mail marcondesml@yahoo.com.br

(Fonte: Veiculado no Jornal da Orla, em 23/03/2008)

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