Adolescentes e mulheres jovens se previnem menos durante as relações sexuais, ficando mais expostas aos riscos de infecção pelo vírus HIV. A constatação faz parte de um estudo recente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), que traçou o perfil do jovem brasileiro.

Na população de 15 a 24 anos, 64% dos entrevistados do sexo masculino afirmou usar camisinha em todas as relações sexuais. No universo feminino, apenas 45% disse usar preservativo.

Ao longo da última década, a epidemia tem vivido um processo de feminilização. No País, hoje são dez meninas infectadas para cada seis meninos. Em 1985, a situação era bem diferente: 14 jovens do sexo masculino para uma menina com o vírus.

Em Santos, ainda não houve essa inversão do quadro: a incidência nessa faixa etária ainda é maior no sexo masculino. ‘‘Mas temos notado meninas de 12 anos que foram infectadas na primeira relação sexual por não conhecer os riscos’’, diz o técnico da Vigilância Epidemiológica Municipal, Ney Almeida Grilo.

Para o coordenador do Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites, Hélio Vasconcellos Lopes, o homem costuma ser mais cuidadoso com relação a prevenção do vírus porque, segundo ele, vivemos em uma sociedade machista. ‘‘Muitas vezes, a mulher não consegue exigir que o parceiro use preservativo’’.

Na visão de Lopes, no caso dos adolescentes, a situação é ainda pior, pois existe um componente imediatista. ‘‘O desejo sexual entre os mais jovens muitas vezes supera o ato da prevenção’’.

Para conscientizar o jovem da importância do sexo seguro, a Prefeitura realiza campanhas de orientação nas unidades de saúde e nas escolas municipais. ‘‘Quando eles acham que estão em uma relação estável, deixam de usar preservativo. Só que, na visão deles, um namoro de três meses basta para ter confiança no parceiro’’, diz a psicóloga Andrea Lisboa Kowalski, que trabalha no programa de prevenção de HIV da Secretaria de Saúde.

‘‘Para convencer esses jovens de que não basta ter confiança de que o parceiro não irá traí-las, explicamos que existem outros meios de contaminação, como o uso de drogas injetáveis’’, complementa a assistente social do Programa de Aids, Rita Gisela Guedes Ferreira.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 30/05/2008)

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