Pesquisa encomendada pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) ao Instituto Datafolha mostra que 85% dos paulistas não consideram o colesterol fator de risco para o coração, apesar de metade deles já ter feito exame para avaliar a taxa de gordura no sangue.

O levantamento sobre fatores de risco cardiovascular, feito em 2008, revela que entre os jovens e pessoas das classes D e E esse índice é ainda mais preocupante: de acordo com a Socesp, apenas 8% se lembraram do colesterol quando questionados sobre as possíveis causas dos problemas cardiovasculares. Para o estudo foram ouvidas 2.096 pessoas, entre 14 e 70 anos, em 85 cidades, representando os 645 municípios do Estado de São Paulo.
 
"O colesterol é uma substância importante para o organismo, dentro de uma quantidade tida como normal", adverte o cardiologista Carlos Alberto Cyrillo Sellera, chefe do Serviço de Cardiologia da Santa Casa e diretor científico da Socesp Regional Santos.
 
De acordo com Sellera, o colesterol é uma lipoproteína. A substância é importante para a manutenção da membrana celular, síntese de vitamina D e produção de importantes hormônios, incluindo os sexuais.
 
Conforme o cardiologista, a taxa elevada de colesterol pode ocorrer por fatores genéticos, hereditários ou ingestão exagerada de gorduras animais, como frituras e embutidos.

PROBLEMAS

"Ele começa a se depositar na parede dos vasos sanguíneos, iniciando o processo de aterosclerose", explica Sellera. "Normalmente, a doença aterosclerótica é degenerativa e vem junto com a idade".
 
Contudo,como alerta o médico, existem fatores de risco que predispõem a ocorrência da doença, como sedentarismo e má alimentação, podendo levar a pessoa a ter enfarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC).
 
O colesterol total é composto pelo LDL (ou low density lipoprotein ­ proteína de baixa densidade), o chamado "mau colesterol", e pelo HDL (ou high density lipoproteins ­ proteína de alta densidade), também conhecido como "bom colesterol". Enquanto o primeiro se deposita nas artérias, o outro é responsável por limpá-las, livrando-as do mau colesterol.
 
Quanto mais alta a concentração de HDL e mais baixa a de LDL, melhor. "O HDL aumenta com a atividade física e com a ingestão de alguns alimentos, como azeite extra-virgem", explica o cardiologista. "Mudança de estilo de vida, com a adoção de hábitos e alimentação saudáveis, traz benefícios", destaca Sellera.

DESCONHECIMENTO
A pesquisa revelou também que 88% dos entrevistados não sabem indicar de forma espontânea o valor do LDL (colesterol ruim) quando está alterado. Apenas 4% indicaram como alterado quando o LDL é maior que 100 mg/dl; 5% indicaram 200 mg/dl; e 1% apontou 300 mg/dl.
 
O nível desejado de colesterol LDL é menos do que 100 mg/dl. Quando os pesquisadores estimularam as repostas mostrando os índices, 63% permaneciam sem conhecer o LDL e os níveis de referência; 8% apontaram como alterado quando maior que 300 mg/dl; 18% quando maior que 200mg; e apenas 10% citaram a resposta correta: maior que 100 mg/dl, já é considerado alterado.
 
Ainda conforme a pesquisa, 89% dos entrevistados não sabem que existe HDL (colesterol bom) e o índice de desconhecimento em relação as taxas ideais também é alto entre homens e mulheres.

Fonte: Jornal A Tribuna

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