Água

Manutenção adequada e uso das evoluções tecnológicas são alguns dos recursos

Medidas simples podem reduzir o consumo de água e, consequentemente, a conta no final do mês. Segundo especialistas, a água já representa 40% da despesa mensal dos prédios. Presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista (Sicon), Rubens Moscatelli sugere a manutenção periódica, o que pode diminuir em até 23% o consumo.

Administrador de 102 prédios em Santos e São Vicente, Sérgio Roberto Craveiro da Silva Júnior considera os redutores de ar uma alternativa eficiente, capaz de reduzir em até 30% a conta.

De acordo com Moscatelli, a primeira decisão a ser adotada pelos síndicos deve ser a manutenção periódica de registros, torneiras e válvulas. Segundo o presidente do Sicon, essa inspeção nos apartamentos deve ser feita por um encanador experiente e, se possível, por um engenheiro.

“É importante que esse serviço seja feito a cada seis meses porque, em Santos, há muitos problemas de sedimentação no solo, o que provoca movimentos no prédio. Esse movimento é normal, mas pode provocar trincas milimétricas no encanamento”, revela Moscatelli.

Nessa inspeção devem ser observados os registros, torneiras e válvulas. “O encanador ou engenheiro pode orientar o condômino até em relação às voltas que tem de dar no registro. Uma quantidade errada de voltas pode aumentar a pressão nos canos e, consequentemente, estragar as conexões, as torneiras e a válvula”, salienta Moscatelli.

Outra dica do presidente do Sicon diz respeito às construções mais antigas. Segundo Moscatelli, alguns moradores de edifícios e casas ainda mantêm vasos sanitários fora de padrões definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

De acordo com os parâmetros estabelecidos pela ABNT, os vasos que vêm sendo produzidos pelas indústrias cerâmicas nos últimos anos comportam 6,8 litros de água a cada descarga. Porém, segundo Moscatelli, ainda é possível encontrar nas construções mais antigas vasos sanitários que comportam até 30 litros em cada descarga.

“Às vezes, vale mais a pena trocar um equipamento desses porque o consumo é mais do que o triplo de água”, revela o presidente do Sicon.

A substituição das válvulas de descarga pelas caixas acopladoras, que ficam atrás do vaso sanitário e restringem a saída de água para o vaso, é outra medida que pode reduzir drasticamente a conta no final do mês. Segundo Moscatelli, com esse equipamento, o consumo em uma residência pode cair em até 20%.

Ainda de acordo com o Sicon, evoluções tecnológicas nas caixas acopladoras acabaram permitindo que elas passassem a ser eficientes tanto em casas térreas quanto em edifícios porque já estão preparadas para operar tanto nos locais com baixa como naqueles com alta pressão na tubulação.

Comportamento e chuva
Especialista há 12 anos na administração de condomínios, Moscatelli entende que, além dessas medidas práticas, os síndicos não podem desprezar ações alternativas e que também oferecem bons resultados a médio e longo prazos.

O presidente do Sicon sugere que o síndico procure conscientizar os moradores sobre como evitar o desperdício: “As pessoas ainda não dão importância porque acham que, como é condomínio que vai pagar a conta, esse custo pelo desperdício acaba diluído entre todos os moradores do prédio”.

Outra medida alternativa sugerida pelo presidente do Sicon é o aproveitamento de água da chuva para rega de jardins e limpeza de garagens e áreas comuns. Para tanto, basta dirigir o líquido que escorre pelas calhas para uma caixa d’água específica.

Redutor de ar permite queda de 20% a 30% na conta
Administrador de 102 condomínios em Santos e São Vicente, Sérgio Roberto Craveiro da Silva Júnior também defende a manutenção periódica, mas sugere que o edifício invista em redutores de ar. O equipamento retira todo o ar contido nos canos. Segundo o administrador, essa medida permitiria uma redução de 20% a 30% na conta da Sabesp. Ainda que o investimento seja de R$900,00, de acordo com Silva Júnior, o custo será dividido em até três vezes e o retorno virá a curto prazo.

“O ar que está dentro do cano gira o relógio que mede o consumo, como se a água estivesse sendo consumida, mas ar ninguém consome. Isso custa caro”, resume Silva Júnior, proprietário da Corbens Administradora de Condomínios com sede na Avenida Pedro Lessa, na Aparecida.

Há sete anos no mercado, Silva Júnior é ainda mais rigoroso na questão da vistoria. Segundo ele, o ideal é que um encanador de confiança visite os apartamentos para avaliar as válvulas de descarga, torneiras, registros e chuveiros a cada três meses.

“São medidas simples que, certamente, vão trazer resultado, com sensível economia na conta de água e no condomínio”, salienta.

Embora os hidrômetros individuais estejam regulamentados por legislação federal, sua utilização ainda é rara nos condomínios da região, embora os resultados práticos também sejam considerados muito bons pelos administradores de condomínios.

“Os hidrômetros individualizam a conta para cada apartamento, diminuindo as distorções porque o condomínio só vai pagar por aquilo que consumiu”, resume o presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista (Sicon), Rubens Moscatelli.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 15/11/2006)







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