Categoria passa por fase de transformação

De zelador, ou faz – tudo, a porteiro terceirizado: a mudança foi rápida e radical nos edifícios.

Eles são cerca de 25 mil na Baixada Santista e, em Santos, aproximadamente 8 mil. Neste domingo, os empregados em condomínios comemoram seu dia, diante de todas as mudanças provocadas pela economia e pela modernidade.

E as transformações são visíveis. Nos últimos tempos a figura do zelador tornou-se rara nos Condomínios. A maior parte dos prédios conta agora com porteiros e faxineiros e em muitos casos estes são contratados por meio de empresas terceirizadas.

Para o presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista, Rubens Moscatelli, esse é um processo irreversível.

“O zelador acaba sendo oneroso porque ele mora no edifício. A automatização dos serviços e os custos provocaram as modificações. E como essa economia já foi verificada, é difícil haver mudanças”.

Moscatelli lembra que ainda há oportunidades no mercado de trabalho, mas só para quem se preparar. “É preciso conhecer e dominar todas as tecnologias e estar sempre se reciclando. Para esses há vagas sempre”.

Já o presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios de Santos e Cubatão, Pedro Francisco de Siqueira, vê uma expansão do mercado. “Basta ver a quantidade de novos empreendimentos que surgem na Cidade”.

Ele concorda que o conhecimento tecnológico é fundamental. “Sabemos que em qualquer ramo de atividade, a reciclagem profissional é o que determina a colocação ou permanência do indivíduo no mercado de trabalho”. O sindicato realiza, anualmente, cursos voltados à capacitação da mão-de-obra, como o que trata da segurança em Condomínios.

Desafio
Contudo, há outros desafios. Um deles é a invasão das terceirizadas e das falsas cooperativas no segmento. “É ilegal e combatemos isso com as armas que temos, com denúncias junto aos órgãos competentes”.

Disposição
Em cinco anos de profissão, o porteiro Paulo Adriano Teixeira, 26 anos, busca sempre a reciclagem. Ele atua em um prédio com 54 apartamentos e diz que educação e disposição são primordiais neste tipo de trabalho.

“Temos de dar um auxílio ao morador e ganhar a confiança dele. Por isso eu preciso estar sempre disposto a ajudar, seja para receber uma encomenda ou até trocar uma lâmpada, se for preciso”.
Renato aposta na nova profissão
Foi há pouco mais de uma semana. Renato de Souza Pereira, 20 anos, trabalhava como garçom em um restaurante. De repente, a mudança. Ele largou o emprego para atuar como faxineiro em um Condomínio. O motivo, segundo o novo profissional, foi econômico.

“Aqui me pagam mais. Eu até estava feliz no restaurante, mas precisava ganhar mais. Quando surgiu a oportunidade, aceitei o desafio”. Para Renato, tudo é novo, desde o serviço em si até a convivência com colegas e moradores. Por isso, ele conta com a ajuda dos profissionais com mais experiência. “Eles me mostram o que precisa ser feito e me dão dicas sobre o melhor tratamento das pessoas”. O novo trabalho deu a Renato novas perspectivas. Ele vai esperar o tempo passar para ver se realmente vai gostar do trabalho (algo que ele já vem demonstrando). “Se eu seguir, farei cursos de segurança e buscarei conhecer as tecnologias. Aí eu vou querer chegar a ser um porteiro e até um zelador”.

(Fonte: Veiculado no Jornal Expresso Popular, em 10/02/2007)






Compartilhe

Veja outras notícias

Negociações coletivas encerradas para as bases territoriais de São Vicente, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

+

Leia mais

Atenção: Assembleia Geral Extraordinária - Negociação Coletiva 2024/2025 - Síndicos, participem!

+

Leia mais

Assembleia Geral Extraordinária

+

Leia mais