Condomínios

Pequenas ações nos Condomínios reduzem o impacto do meio ambiente e ainda diminuem a conta no final do mês.

Preocupados com a questão ambiental, síndicos têm iniciativa de recolher o lixo reciclado, reutilizar a água da chuva e separar o óleo de cozinha. Com estas medidas, além de preservar o meio ambiente, eles também reduzem os gastos do Condomínio.

“No começo foi difícil convencer todos os moradores a separarem o lixo reciclado, mas com o tempo a gente conseguiu conscientizá-los”, afirma o síndico Jean Louis, do Conjunto Jardim Europa, localizado no Boqueirão.

Há dois anos como síndico do conjunto, que contém seis prédios e o total de 246 apartamentos, Louis foi um dos pioneiros a implantar a coleta do lixo reciclado.

“Atualmente, a maioria dos nossos condôminos já separa o lixo e deixa em um cantinho específico para que nossos funcionários recolham, façam a triagem e depois transformem todo esse material em renda no final do mês”, diz.

Ao todo, segundo o síndico, cada funcionário consegue arrecadar cerca de R$20,00 por semana, vendendo o material a uma empresa de reciclagem.

Em dois anos do projeto, Louis acredita que o resultado vem sendo positivo e aconselha todos os Condomínios a reproduzirem esta prática.

“É importante tanto para diminuir o lixo que produzimos diariamente, como para criar uma oportunidade para os funcionários aumentarem sua renda no final do mês. O que acaba sendo um incentivo a mais para eles”, conta.

Para divulgar suas idéias e convencer os moradores. Louis, além de conversar pessoalmente nas reuniões e no dia-a-dia com os demais moradores, desenvolveu um informativo, que fica no elevador, com notícias importantes do prédio.

“Nosso informativo é sempre atualizado com informações e, com isso, conseguimos atingir a todos os moradores, inclusive aqueles que não participavam muito”, explica.

É nesta mesma linha que trabalha o síndico João Roberto, ou melhor, Seu Maninho, como é conhecido pelos moradores dos 36 apartamentos do Edifício Savion, no José Menino.

Reutilização da água
Há 11 anos cumprindo a tarefa de síndico do prédio, ele colocou em prática, além da separação do lixo reciclado, mais dois projetos importantes que contribuem de maneira direta com o meio ambiente.

A primeira iniciativa foi armazenar e reutilizar a água da chuva para realizar a limpeza do prédio, dos jardins e da calçada. “Tínhamos uma caixa d’água desativada há anos, com capacidade para sete mil litros, e no começo do ano passado resolvemos ativá-la para armazenar a água da chuva”, lembra o síndico.

Para o projeto funcionar, segundo João Roberto, foram necessários apenas alguns equipamentos, como mangueira e a calha para captação da água da chuva. O custo da obra foi pago pelo fundo de obras que o prédio possui.

“Mas o retorno deste dinheiro veio na conta de água. No total, economizamos cerca de R$600,00 por mês, o que fez com que o condomínio diminuísse para todos os moradores”, ressalta, orgulhoso.

O outro projeto implantado no final de 2007 foi o de armazenar o óleo de cozinha ao invés de jogá-lo pelo ralo da pia ou junto com o lixo comum. Para se ter idéia apenas um litro deste produto chega a contaminar um milhão de litros de água.

“A Prefeitura leva junto com o material reciclado. Não ganhamos nada com isso, a não ser na preservação do meio ambiente em que vivemos”, resume, satisfeito. “E como não é nada muito complicado, todos contribuem, separando o óleo em um recipiente, localizado na garagem do prédio”, completa.

Lei
O advogado e presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista – Sicon, Rubens José Reis Moscatelli, lembra que já existe uma lei estadual que obriga Condomínios a implantarem o processo de coleta seletiva de lixo reciclado.

A Lei n° 12.258, de janeiro de 2007, obriga todos os Condomínios residenciais, com, no mínimo, 50 apartamentos, a realizarem esta coleta. Porém, como a Lei ainda não foi regulamentada, por enquanto não existe quem faça a fiscalização e aplique a multa.

“Mas é importante que todos já comecem a implantar o sistema, até para diminuir a quantidade de lixo que produzimos diariamente”, explica Moscatelli, que desenvolve, entre outras atividades, diversas palestras para incentivar os síndicos cadastrados no Sindicato a realizarem a separação do lixo reciclável.

A Lei também obriga shopping centers, condomínios industriais, empresas de grande porte e repartições públicas a realizarem a coleta, visando a diminuição do volume de lixo nos reservatórios e outros pontos de descarte e detritos.

(Fonte: Veiculado no Jornal Boqueirão, em 26 a 01°/02/2008)





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