Os financiamentos bancários estão mais acessíveis e o setor de construção civil acelerou seu ritmo. Ainda assim, para muitas pessoas, o sonho da casa própria ainda parece distante. A prestação do financiamento não chega a ser um problema, já que, na maioria das vezes, equivale ao valor do aluguel. O problema é reunir o dinheiro da entrada, o que significa ter em mãos entre 20% e 30% do valor do imóvel. 

Para o especialista em matemática financeira, professor José Dutra Vieira Sobrinho, essa meta não é tão distante quanto se imagina. Mas é imprescindível que o interessado em adquirir um imóvel esteja disposto a passar um bom tempo controlando os gastos. "Para reunir esse dinheiro é preciso disciplina na hora de organizar o orçamento e economizar tudo o que for possível".

A boa notícia é que, além da queda nas taxas de juros, a concorrência está levando os bancos a adotar posições mais flexíveis em relação às exigências para aprovar o crédito. A prestação, que antes não poderia representar mais que 20% da renda bruta do candidato, agora pode se aproximar dos 30% - mais um estímulo para quem está pensando em realizar seu sonho.

Nem todas as pessoas, entretanto, conseguem manter por muito tempo a disciplina no orçamento, em especial quando a meta a ser alcançada exige meses a fio de economia. Nesse caso, saber exatamente quanto precisa guardar e por quanto tempo, pode servir de estímulo para chegar lá.

Passos...

O primeiro passo é definir o tamanho mínimo do apartamento para comportar a família, a localização ideal e quanto custa, aproximadamente, esse imóvel. Na seqüência, é preciso fazer um levantamento na Caixa Econômica Federal (CEF) para apurar quanto a pessoa tem de depósito no Fundo de Garantia para ser utilizado como entrada - é possível usar todo o dinheiro dessa conta nesse caso.

O terceiro passo é calcular qual o valor necessário para dar entrada no imóvel escolhido e deduzir o valor do Fundo de Garantia para saber exatamente a meta a ser atingida. Para um imóvel de R$50 mil, por exemplo, o interessado teria de contar com, pelo menos, R$10 mil em caixa, somando poupança própria e FGTS. Nessa suposição, se tiver cerca de R$4 mil no FGTS, sua meta será economizar R$6 mil.

Horizonte...

Vale lembrar que, para concretizar esse sonho vale tudo, inclusive vender o carro para completar o que falta - nesse caso, o ideal é procurar um apartamento próximo ao local de trabalho, guardar o excedente recebido nas férias (e deixar aquela viagem sonhada para um outro momento) e esquecer que existe o 13º salário no final do ano. Todo o dinheiro deve ter como destinação um único local: o novo imóvel.

Ter um horizonte definido, na avaliação de Dutra, é o caminho mais curto para atingir uma meta, porque transforma algo que até então era considerado inatingível em um objetivo que pode ser alcançado.

Quando esse esforço começar a surtir efeito - leia-se, a poupança começa a crescer, o ânimo será redobrado. É hora de abrir uma outra poupança, que pode ser um fundo de investimento ou uma caderneta normal, para aplicar cada economia a mais que se possa fazer e assim encurtar ainda mais o prazo.

A poupança mensal pode ser planejada
Se a pessoa tem dificuldades em manter disciplina para guardar dinheiro todo mês, a melhor estratégia é optar pela poupança programada ou planejada.

Essa modalidade de investimento consiste em fechar um contrato para que o banco retire mensalmente, durante um determinado período de tempo, um valor  da conta-corrente do cliente e deposite numa caderneta de poupança. O saque forçado é feito sem consultar o investidor e o dinheiro só pode ser resgatado no final do plano.

Uma poupança programada de R$300,00 por mês em 12 parcelas, por exemplo, seria suficiente para alcançar um valor próximo dos R$ 4 mil ao final do contrato, considerando os juros. Utilizando o exemplo acima, uma proposta de poupança planejada por 18 meses seria suficiente para alcançar a meta. Mas é preciso lembrar que o saldo do FGTS também irá aumentar ao longo desse período.

È o momento de checar, na folha de pagamento, qual o valor depositado mensalmente pelo empregador e multiplicar esse montante pelo mesmo número de meses da aplicação. Nesse caso, é bem provável que, no prazo de um ano, o dinheiro já seja suficiente para transformar o sonho em realidade.

A mesma estratégia também vale para quem pretende adquirir um imóvel na planta e precisa arcar com as parcelas semestrais ou anuais. È só renovar a poupança programada nos mesmos prazos de vencimento das parcelas intermediárias, considerando que, nessa situação, não será possível resgatar novamente o depósito do FGTS - a legislação só permitirá novo saque para quitar ou reduzir a dívida do financiamento após dois anos.

(Fonte: Jornal Folha de São Paulo - 19/08/06)

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