A cautela com a rede elétrica não deve se limitar à hora da instalação de fios, soquetes e tomadas. É importante revisar todo o sistema e escolher materiais de qualidade para evitar acidentes.

Não dá para imaginar o mundo de hoje sem energia elétrica: a comodidade e a praticidade que proporciona não têm preço. Dependemos dela para fazer quase tudo, mas só percebemos sua real importância quando falta. Por isso, antes de mais nada, a rede elétrica deve oferecer segurança. As instalações, assim como a escolha de acabamentos e acessórios da casa, merecem cuidados especiais.

Por falta de conhecimento técnico, muitas pessoas fazem reparos domésticos ou pedem para alguém quebrar o galho quando há problemas com a eletricidade. Esse tipo de serviço fica mais barato, mas o que deveria ser um conserto pode virar uma armadilha.

Segundo Guido Luperi Júnior, técnico em manutenção elétrica e proprietário da loja mestre Guido, o problema na rede elétrica é o segundo maior responsável por incêndios. Uma dica para prevenir curto-circuito é evitar o uso das extensões ou benjamins. “O segundo acessório é utilizado para permitir a ligação de vários aparelhos em uma só tomada. Com isso, a rede fica sobrecarregada”.

Se você toma choques quando liga o chuveiro, então certamente há problema de aterramento (fio terra) na instalação elétrica do aparelho. “Nesse caso, não tente consertar o defeito sozinho”.

Outro fator que indica problemas na rede são eventuais choques em locais inusitados. “Às vezes isso acontece quando a pessoa encosta na parede, por exemplo. A tendência é comprar disjuntor de maior potência, mas nem sempre isso resolve”. Para os três casos, o melhor a fazer é contratar um especialista para avaliar os problemas.

Preste atenção também ao realizar a reforma para aumentar um ou mais cômodos: é preciso dimensionar a carga elétrica e de iluminação durante a obra”, indica Guido.

O engenheiro elétrico explica que todo imóvel novo ou reformado deve seguir a regra NBR 5410, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Além disso, o responsável pela parte elétrica tem que emitir a anotação de responsabilidade técnica para o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). “O contratante deve exigir uma cópia desse documento”.

Para efetivar seus projetos, o arquiteto Edgar Pistelli contrata um engenheiro elétrico, que planeja as necessidades da residência. “Eu só passo as minhas especificações relacionadas à arquitetura para o profissional. Todo o planejamento elétrico é feito por ele, que é especialista no assunto”.

Prevenindo acidentes

Uma revisão se faz necessária quando há qualquer alteração no valor da conta de luz – exceto no caso de aumento do consumo – e, ainda, quando ocorrem faíscas, aquecimento de aparelhos elétricos, tomadas e disjuntores, ou queima constante de lâmpadas. “Um eletricista, de preferência credenciado pela concessionária local, deve fazer os testes de avaliação da rede e distribuição de energia”, alerta Guido.

Independentemente de problema aparente, é preciso uma revisão preventiva a cada dois anos em moradias e uma anual em imóveis comerciais. “No caso das casas e apartamentos antigos, recomenda-se uma imediata”, indica Cardozo.

Não é só o profissional que precisa ser qualificado, os equipamentos também devem ser escolhidos com cuidado. O técnico explica que os materiais com qualidade garantida têm o selo do Inmetro e, de preferência, devem estar na embalagem. No caso de fios, a capa deve ser espessa e flexível. “Os cabos rígidos ou com capas muito finas são mais vulneráveis a problemas”.

Na dúvida, o melhor é contar com a ajuda de um profissional. “O consumidor deve atentar para os preços: material barato pode ser sinal de má qualidade”.

Existem empresas que oferecem serviço de eletricidade 24 horas. Em caso de uma pane elétrica, desligue imediatamente os disjuntores e chame um eletricista.

Cuidados importantes

Não ligue diversos aparelhos elétricos na mesma tomada;
Na troca de lâmpada, sempre a segure pelo bulbo do vidro. Não encoste os dedos na parte interna do bocal (soquete);
Só limpe os eletrodomésticos após desligá-los e desconectá-los da tomada;
Nunca desligue um aparelho elétrico puxando pelo fio.

(Fonte: Veiculado no AT Revista, em 26/11/2006)

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