A sala perdeu a função e nada tem a ver com o cotidiano dos moradores. A cozinha bem que poderia ser gourmet.Chegou a hora de dar ao quarto o requinte que ele merece e evoluí-lo para suíte. Situações como essas dão a impressão de que tudo está fora de lugar e que não adianta apenas mudar os móveis de posição. Mas quem adora o cantinho em que vive pode aderir à idéia de subtrair alguma parede para integrar espaços e unir toda a família.

O engenheiro Nagib Nascimento é favorável às mudanças estruturais. “É uma saída para estimular o convívio familiar. As salas de estar e jantar unidas, por exemplo, permitem integração. Até porque os televisores diminuíram de volume em modelos de LCD e plasma e estão em evidência como itens decorativos de status”.

Com a procura por mais integração, os projetos dão sensação de amplitude. A arquiteta de interiores Ricky Dayan, de São Paulo, é adepta dessas vantagens. “Tudo precisa ser pensado buscando atender melhor os costumes da família. Mais espaço permite mais circulação”. Não é à toa que os empreendimentos novos ganharam paredes móveis, e os lofts, por sua vez, vieram para ficar e conquistam o lugar da estrutura colonial.

Os lançamentos imobiliários, completa Nascimento, estimulam a tendência. “Neles, as dimensões são reduzidas, e retira-se, às vezes, parte da alvenaria, dando maior amplitude nos espaços utilizados. Muitas vezes, o imóvel não tem copa, favorecendo cozinhas americanas – caracterizadas por bancadas. Já o closet e o banheiro, compondo suítes, dão mais privacidade e comodidade”.

Planejar é preciso
Antes de assinar contratos e comprar o que será usado, Nagib Nascimento aconselha fazer um planejamento desde o projeto até a execução para tornar compatível a idéia com a prática. “O problema é quando se refaz algo que não ficou como o morador queria. Adequando-se os contratos ao desejado, contribui também para a redução de custos e do tempo de execução”.

Não é qualquer parede que pode ir abaixo. “Se é estrutural a planta precisa ser estudada para ver a possibilidade dessa parede ser substituída. É importante tomar cuidado também com vigas e pilares: se forem abalados podem comprometer a residência ou edifício”.

Esse trabalho só pode ser feito por profissionais capacitados como engenheiros, arquitetos e designer experientes que sabem decifrar as plantas. “É fundamental estudar o projeto e procurar unir os profissionais na execução”, orienta Ricky.

Outro passo que não deve ser dado em falso é a checagem da rede elétrica e hidráulica. De acordo com os entrevistados, é preciso tomar cuidado com ambos os sistemas que, muitas vezes, ganham novos pontos.

Depois de tudo certo e analisado, vale a pena fazer um cronograma de como será a obra. “É fundamental respeitar os horários em que se pode fazer barulho e despejar os resíduos da reforma”.

Mãos à obra
O velho ditado o barato sai caro funciona muito bem quando se repagina o lar. Uma armadilha nesses casos, segundo Ricky, é contratar o clássico faz tudo. “Marmorista, azulejista e outros profissionais são especializados em determinados trabalhos. Para não correr riscos, recorra a eles no momento apropriado. Há materiais, como mármores claros, que precisam de cimento branco para não manchar”.

Enquanto a sinfonia delicada dos martelos e furadeiras predomina, é preciso tomar muito cuidado com o que já está pronto. Os tampos de mármore geralmente são protegidos com plástico transparente, juta e, por cima de tudo, mistura de gesso e estopa. “Assim evita-se a degradação vinda da poeira da madeira, tinta e gesso”.

Uma solução para a banheira nova é revesti-la de plástico-bolha, enquanto o chão deve ser protegido de tinta e água. “São alguns cuidados fundamentais em qualquer reforma”.

O cronograma da obra começa com a proteção ou retirada do que pode ser reutilizado. Coordenados pelo projetista, pedreiros derrubam ou erguem paredes, seguidos do encanador e do eletricista, que inserem as novas saídas de água e energia na casa. Os pedreiros voltam e concluem seu trabalho. O que fica torto ou ondulado é resolvido pelo gesseiro.

Trabalho em equipe
Conheça as principais funções de cada profissional envolvido numa reforma:
Arquiteto: elabora, pesquisa, planeja, analisa, orienta, coordena e supervisiona o projeto, seja para criação, reparo ou manutenção.
Designer de interiores: como o arquiteto de interiores, harmoniza a decoração com o projeto arquitetônico, atento às cores e materiais escolhidos. Para isso, elabora desenhos técnicos detalhando pontos de hidráulica e elétrica, por exemplo.
Engenheiro: estuda e analisa a viabilidade técnica dos projetos. Trata-se de um profissional indispensável quando há necessidade de alterações na estrutura construtiva.
Azulejista: garante que materiais como o porcelanato e pisos em vidro tenham instalação e acabamento precisos.
Eletricista: responsável pelas instalações elétricas, desde pequenas adequações até intervenções maiores.
Encanador: cuida das alterações na rede hidráulica (evitando furos na tubulação e infiltrações).
Gesseiro: instala forros, detalhes (frisos, rodatetos, etc) e corrige superfícies.
Marceneiro: executa e instala esquadrias de madeira (portas e janelas) bem como móveis personalizados.
Marmorista: aplica materiais de acabamento especiais como mármores, granitos e demais pedras naturais que pedem cuidados extras e conhecimentos técnicos para instalação e garantia de durabilidade.
Pintor: profissional qualificado para preparar as superfícies e aplicar o material especificado adequadamente, dando acabamento perfeito.
Pedreiro: executa serviços em alvenaria.
Vidraceiro: instala espelhos e itens de vidro. Seu serviço, geralmente, está incluído na compra do material.

Só então agora entra em cena o pintor com sua arte, seguido dos profissionais que vão aplicar azulejos, mármores e gesso decorativo. Por fim, é a vez dos móveis, luminárias e espelhos. Atenção para alguns objetos: determinadas empresas suspendem a garantia do produto quando ele não é instalado por mão-de-obra indicada.

O acabamento é ponto forte na reforma. Entre outras preocupações, o piso precisa estar perfeitamente unido, as tomadas e interruptores bem instalados e a iluminação impecável para o novo lar.

(Fonte: Veiculado no AT Revista, em 18/11/2007)

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