Os dados, contidos na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, indicam tanto a aceleração do ritmo de expansão do segmento como a confiança das construtoras na continuidade do ciclo positivo em 2008.

E são confirmados por outros dados, relativos ao financiamento imobiliário. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera com recursos das cadernetas de poupança, realizou até outubro empréstimos de R$ 14,167 bilhões, permitindo prever que R$ 18 bilhões serão aplicados em 2007, quase o dobro dos R$ 9,34 bilhões financiados em 2006. Esta previsão está sendo revista em curto período: há poucas semanas, os agentes habitacionais projetavam aplicações de recursos da ordem de R$ 16 bilhões.

A aceleração dos empréstimos se explica pela necessidade de atender à demanda e pelo crescimento dos depósitos de poupança, aplicados na proporção de 65% em novos empréstimos à moradia.

O número de unidades financiadas, em outubro, atingiu 20.474, chegando a 55.773 nos primeiros dez meses do ano, 69% mais do que nos primeiros dez meses de 2006. Se esse número se repetir em novembro e dezembro - o que não é certo, dado o início das férias e de festas de fim de ano, uma fase de negócios fracos -, o total de unidades financiadas em 2007 pode chegar a 195 mil, melhor marca em 25 anos, acima das 181,8 mil de 1988. No ano passado, o SBPE financiou 113,8 mil imóveis.

Os depósitos de poupança sustentam a expansão: a captação líquida dos primeiros dez meses do ano alcançou R$ 15,9 bilhões, montante excepcional (em 2006, o saldo líquido foi de R$ 4,9 bilhões). Isso decorre da manutenção da rentabilidade das cadernetas, em contraste com a queda de remuneração dos fundos DI e de renda fixa.

Mais crédito no SBPE e investimentos das construtoras antecipam uma fase de expansão sustentada. No SBPE, já se estima que o crédito atinja R$ 20 bilhões em 2008 - estimativa que se afigura conservadora. Mas basta que se confirme para assegurar um total de empréstimos à casa própria, incluindo os realizados com recursos do FGTS, da ordem de R$ 27 bilhões em 2008, ante R$ 24 bilhões em 2007. Novas quedas do juro tornarão as previsões perfeitamente factíveis. 

(Fonte: Veiculado no Jornal O Estado de São Paulo, em 21/11/2007)

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