De 2004 a 2007, foi registrado um aumento de quase 200% no número de grandes Condomínios abertos. E com os novos investimentos da Petrobras, o Município promete acelerar ainda mais o processo de crescimento e supervalorização imobiliária.

Se alguém que esteve fora de Santos por alguns anos retornar à Cidade, certamente ficará surpreso com o número de Condomínios que foram edificados e que estão sendo construídos. Conforme o secretário Antônio Carlos Silva Gonçalves, em 2004, a Secretaria Municipal de Obras de Santos aprovou nove empreendimentos (Condomínios com mais de 13 pavimentos). Já no ano passado, o número cresceu para 26, o que representa um aumento de quase 200% do valor total nos últimos três anos. Ao todo, são 70 projetos, entre aprovados e em fase de aprovação neste período, concentrados, principalmente, em bairros como os da Ponta da Praia, do Gonzaga, José Menino, Boqueirão e Embaré.

Dados otimistas também fazem parte da aposta de autoridades e profissionais ligados ao ramo imobiliário quando o assunto é expansão: especula-se um crescimento ainda maior do setor nos próximos anos. Até áreas consideradas menos nobres no passado já começam a atrair construtoras, como as localizadas na Zona Noroeste e nos morros, onde novos empreendimentos serão lançados ainda este ano.

O incentivo a novos investimentos imobiliários na Cidade deve-se, segundo o secretário de Planejamento de Santos, Bechara Neves, à preparação que o Município sofreu na última década com a mudança da Legislação municipal.

“Santos teve como arcabouço legal a assinatura do Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana, que estabeleceu uma série de ações para ordenamento e uso do solo, junto a mecanismos para mitigar o impacto”, ressalta.

O secretário defende que a instalação de novos empreendimentos já vem acontecendo desde o final da década de 90, mas que, agora, com os investimentos relativos à exploração de gás e petróleo na região, a tendência é que a Cidade ganhe prédios maiores, com menor ocupação de terreno. “Os projetos atuais são baseados na utilização de menos espaço e maior verticalização, contribuindo para a estética, segurança e, ainda, construção de mais empreendimentos”, defende. “Há alguns meses, a construção civil teve um boom na inauguração de prédios de condição sócio-econômica mais elevada. Agora entramos em uma fase de construção de imóveis de prédios mais populares”.

A atual situação urbana santista caracterizada pela diminuição do número de terrenos para construções em contraste à vinda expressiva de novos habitantes nos próximos anos não é motivo de preocupação para o secretário. Neves defende que Santos ainda possui regiões que poderão ser renovadas. “A Área Continental é 90% protegida ambientalmente e os 10% que sobram para ocupação ainda não têm infra-estrutura adequada para abrigar habitações. No entanto, ainda temos áreas que podem ser renovadas na Cidade, como Paquetá, Vila Nova, Vila Mathias e Jabaquara”, diz.

A Zona Noroeste também foi apontada pelo secretário como uma área possivelmente indicada, futuramente, para a construção de novos empreendimentos. “Temos um projeto dirigido ao local, chamado Santos Novos Tempos, cujo financiamento é superior a R$80 milhões. O objetivo é aprimorar a infra-estrutura da área e eliminar as enchentes do território. Após essa medida, nada impede que novos empreendimentos migrem para a região”.

Supervalorização
A limitação de áreas para construções aliada ao boom socioeconômico que os investimentos oriundos das explorações de petróleo e gás na Bacia de Santos prometem para a Cidade colaboram para a supervalorização do preço dos imóveis. Assim acredita o subdelegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) de Santos, Emídio Fernandes.

“Desde a divulgação dos investimentos da Petrobras, o preço dos imóveis começou a subir. Há pouco mais de seis meses, condomínios de nove a 13 andares aumentaram em até 40% o preço dos seus apartamentos e prédios menores, como os de três andares, subiram o valor em 70%. Ou seja, hoje custa mais de R$120 mil”, diz.

O subdelegado explica que como a oferta de espaços para construção na Cidade está diminuindo, quem compra o terreno paga bem caro e acaba repassando os juros no valor de venda também.

“E a tendência é que no próximo ano, ainda possa haver um aumento de mais 20% nos imóveis. Se valem isso tudo, eu não sei. Mas, atualmente, há uma série de facilidades para adquirir um imóvel, como financiamentos em longo prazo”, finaliza.

(Fonte: Revista Boqueirão – Edição Especial – Parte integrante do Jornal Boqueirão, em 26 a 1°/02/2008)

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