Falta de conservação

Na região central de Santos há várias coberturas deterioradas com sinais aparentes de desgaste.

A queda de uma marquise de um hotel no Rio de Janeiro, há cerca de dez dias, provocou a morte de duas pessoas e trouxe à tona o perigo que essas estruturas podem oferecer quando não é feita a manutenção necessária.

No Centro de Santos e no bairro Paquetá, onde há grande concentração de imóveis antigos, a quantidade de marquises em mau estado de conservação chama a atenção e gera preocupação entre os pedestres.

A situação foi comprovada na manhã de ontem pelo expresso Popular, que percorreu diversas vias da região central. Somente na Rua General Câmara foram encontradas três marquises com aparentes sinais de desgaste. Em uma delas, localizada nas proximidades da Rua Dr. Cochrane, há rachaduras, sinais de infiltração de água e ferragens expostas. Para agravar ainda mais a situação, sob esta cobertura de concreto, todos os dias, dormem alguns moradores de rua.

Perto dali, a marquise de um antigo imóvel localizado na Rua Brás cubas também gera desconfiança entre os pedestres, já que apresenta muitas manchas de umidade e ferragens expostas.

O marmorista Laércio Guilherme diz que esse tipo de problema causa preocupação. “Não são todas as marquises que estão em bom estado de conservação. O medo é que de algumas dessas coberturas caia um pedaço do concreto, atingindo alguém”.

Legislação
Em Santos, desde o início desta década, pelo menos duas mortes ocorreram em razão de quedas parciais de marquises. Uma ocorrência foi no bairro do Gonzaga e outra na Vila Mathias.

Na cidade, a Lei Complementar nº. 441, aprovada em 2001, reforçou a responsabilidade dos proprietários sobre a manutenção das edificações, exigindo a elaboração de vistorias e de laudos, cuja periodicidade varia de acordo com o tipo e a idade do imóvel.

A chefe do Departamento de Obras Particulares da Prefeitura de santos, Sônia Alencar, explica que o não cumprimento da legislação, que tem mais caráter de alerta do que punitivo, pode acarretar uma multa de R$735,50 ao responsável pelo imóvel.

“Mas, se durante uma fiscalização ou após uma fiscalização ou após uma denúncia, os engenheiros constatarem que há algum tipo de risco, é feita imediatamente a interdição”.
A representante da Prefeitura destaca que denúncias de munícipes a respeito de marquises ou estruturas de concreto mal-conservadas devem ser encaminhadas à Ouvidoria Pública Municipal, que atende pelo telefone 0800-112056 (ligação gratuita).

Opiniões
“Aqui no Centro há várias marquises que oferecem riscos. Ainda pode acontecer um acidente grave”.
João Lourenço, 60 anos, comerciante, Ponta da Praia.

“Se eu observar que a marquise está ruim, mudo o caminho. Não dá para arriscar”.
Jason Rodrigues, 73 anos, aposentado, Pae Cará, Vicente de Carvalho.

Veja a situação
Rua General Câmara, próximo à Rua Dr. Cochrane
A marquise possui rachaduras, manchas de infiltração e tem ferragens expostas. Sob a cobertura, há moradores de rua.

Avenida São Francisco, próximo à Rua Constituição
Faltam pedaços do reboco e há manchas de infiltrações de água. Já é possível observar um pedaço das ferragens.

Rua dos Estivadores
Esta marquise tem ferragens expostas e indícios de que alguns pedaços de reboco já caíram.

Rua Brás Cubas, próximo à Rua João Pessoa
Quem passa pelo local fica preocupado. A marquise apresenta mau aspecto de conservação, com manchas e ferragens expostas.

(Fonte: Veiculado no Jornal Expresso Popular, em 08/03/2007)

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