Energia – Trajeto do combustível, que garantirá  a macarronada de domingo, exige equipamento especial e tecnologia de controle.

O gás natural, que será distribuído a partir de junho, terá três origens: Bolívia, Bacias de Santos e Campos.

Mas para que essa preciosa fonte de energia, capaz de mover carros, fogões, aparelhos de ar-condicionado, chuveiros e equipamentos pesados de grandes indústrias, chegue até aqui em segurança há um aparato de tecnologia que auxilia engenheiros e técnicos. Sim, porque a distribuição de gás vai muito além de canos enterrados na Cidade.

Para conhecer detalhes desses equipamentos, A Tribuna visitou a base de operações da Comgás, empresa responsável pela distribuição de gás natural na Baixada. O quartel fica no bairro da Mooca, zona Leste de São Paulo, onde, durante 24 horas por dia, olhos atentos vigiam informações reproduzidas em telas de computadores.

A primeira parada é no Centro de Controle de Operações (CCO), onde empregados da Comgás se revezam em turnos para manter o local funcionando dia e noite. De lá é possível observar a pressão, temperatura e vazão do produto.

No telão aparecem os 18 city-gates da concessionária, ou seja, as portas de entrada do gás natural que a empresa vende. É a partir dos city-gates que acontece a transferência de responsabilidade do transporte do gás, da Petrobras para a empresa. Nesse ponto também é adicionado odor ao gás, para facilitar a identificação de possíveis vazamentos.

Segundo o superintendente de operações da Comgás, Ricardo Fuji, os ramais de distribuição do produto que chegará a Santos e São Vicente ‘serão ligados ao city-gate de Cubatão’.

Dentro do CCO, o engenheiro Erivelto Silva Moreira mostra outra ferramenta de controle. “Por meio da tecnologia GRPS, toda informação que é mostrada no telão pode ser acessada pelos funcionários e engenheiros que trabalham em campo apenas por um celular”.

As mesmas informações do CCO ainda podem ser observadas de qualquer parte do mundo, pela Internet.

Geogás
Outra forma de controle sobre a rede é o Geogás, ferramenta que armazena detalhes como, por exemplo, diâmetro dos canos, tipos de válvulas e profundidade dos ramais. Os dados ainda são associados a fotografias, como as do Google Earth (programa na Internet que permite ver imagens de lugares).
De acordo com os técnicos que atuam nesse setor, o Geogás serve para orientar outras concessionárias que instalam redes sob a terra, sempre objetivando que os tubos de gás não sejam atingidos.

Em casos de emergência, a ferramenta também é utilizada para ajudar na tomada de decisão, identificando, por exemplo, qual válvula mais próxima ao vazamento poderá ser fechada. Nesses casos, o Geogás chega a calcular quantos clientes terão o fornecimento interrompido.

Entenda o funcionamento
Vazamento –
em caso de vazamento, por exemplo, em Santos ou São Vicente, é preciso informar à base operacional da Comgás, em São Paulo, pelo telefone 0800 – 110 – 197. A informação é passada à sala de rádio, e imediatamente a equipe de Santos será acionada.

Base – a base da Comgás na Baixada funcionará na Avenida Conselheiro Nébias. De lá partirão os técnicos que atuarão nas redes de Santos e São Vicente. No local ficarão três veículos de primeiro atendimento, ou seja, carros utilizados para atender chamadas de emergência.

Atendimento – para atender casos mais graves, a unidade contará com um veículo maior, dotado de ferramenta para, se necessário, esmagar um tubo interrompendo a passagem do gás.

Equipamento – na Cidade também ficará uma minirretroescavadeira.

Estações – Santos também terá duas Estações Redudoras de Pressão (ERPs), instaladas na Rua Xavier Pinheiro, que garantem que o gás chegue às residências e aos estabelecimentos comerciais com pressão ideal.

Rede será rastreada duas vezes por ano
Duas vezes por ano a Comgás é obrigada a rastrear toda a rede para detectar fissuras e vazamentos nos tubos. Para isso, a empresa conta com quatro veículos de pesquisas, sendo um com equipamento a laser e três analógicos.

Percorrendo as ruas a 20 quilômetros por hora, o veículo apelidado de cheira-cheira segue sempre com dois funcionários. Um deles acompanha as informações no computador de bordo.

Apesar de toda tecnologia, a idéia é aparentemente simples. Quando o veículo detecta vazamento, o laser que percorre uma espécie de espelho começa a se mover de forma mais lenta, o gráfico no computador mostra um pico.

Emergência
Para realizar o primeiro atendimento, a empresa possui os chamados veículos de emergência. Só na cidade de São Paulo são 30 deles.

O gasista, funcionário que atua nesse veículo, em 95% dos casos consegue resolver o problema, explica Ricvardo Fujii, da Comgás. Dentro do carro ele leva um kit de ferramentas e acessórios básicos, como os chamados flexíveis de fogões.

Para casos mais graves, é o veículo de reparo de rede que segue para o local. Bem maior, esse carro transporta ferramentas como o squeezer, por exemplo, que serve para esmagar um tubo e conter vazamento, e o detector de cabo elétrico que ajuda a não estragar redes de outras concessionárias.

Clientes também ajudam a monitorar
Outra forma de monitorar a rede depende diretamente dos próprios clientes da Comgás: desde grandes indústrias até donas-de-casa que utilizam o produto para cozinhar. Até mesmo moradores das cidades que recebem gás natural podem colaborar com esse controle.

Em casos de vazamento, por exemplo, é preciso informar à base de operações em São Paulo pelo 0800 – 110 – 197. O serviço, que também funciona 24 horas, recebe cerca de 120 ligações de emergências por dia (vale destacar reclamações de fornecimento também são consideradas emergências).

Mas 90% dos casos garante o superintendente de Operações da Comgás, Ricardo Fujii, ‘São relacionados à rede interna de distribuição’, como o flexível do fogão, por exemplo.

Quando uma informação de vazamento chega ao 0800, o contato com a sala de rádio é imediato. É dali que as equipes de campo são acionadas. Na Baixada Santista, a base funcionará em imóvel na Avenida Conselheiro Nébias. De lá partirão técnicos para resolverem problemas na rede.

Conforme determinação da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE) – agência que regula e fiscaliza a distribuição de gás canalizado, em casos de vazamento, a Comgás é obrigada a chegar ao local em uma hora. No entanto, garante Fujii, ‘em São Paulo, o atendimento ocorre em média em 38 minutos’.

Destaques
A qualidade do gás natural é monitorada constantemente pelo laboratório de análise. Para isso, dez funcionários percorrem 60 mil quilômetros por mês recolhendo amostras que são armazenadas em pequenos cilindros. Por dia, são analisadas 90 dessas amostras, e os resultados enviados em relatórios mensais à CSPE.

A área de concessão da Comgás contempla 177 municípios, dos quais 64 já têm rede de gás natural.

Os 18 city-gates da concessionária ficam em Americana, Campinas, Capuava, Cruzeiro, Cubatão, Guararema, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Limeira, Lorena, Pindamonhangaba, Riacho Grande, Rio Claro, São José dos Campos, Sumaré, Suzano, Taubaté.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 09/12/08)

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