Mercado imobiliário

Empresas disputam áreas

Tendo em vista que mais de 99% dos 418 mil habitantes da Cidade dividem os 39 quilômetros quadrados da região santista da Ilha de São Vicente (os outros 232 quilômetros ficam na Área Continental), não seria exagero dizer que os terrenos nos bairros considerados nobres do Município são disputados palmo a palmo pelas empresas do setor imobiliário.

Esta escassez de espaço físico para os grandes condomínios residenciais vem modificando bruscamente a paisagem urbana há alguns anos. As primeiras vítimas foram os casarões abandonados e antigos. Agora, a indústria imobiliária tem um novo alvo: os prédios de pequeno porte.

O proprietário da construtora Macuco, José Teixeira, confirma que a tendência natural realmente é a substituição dos pequenos prédios por grandes torres. Gerente de vendas da Anamar Empreendimentos Imobiliários, Luiz Moraes também confirma que as construções de médio porte tornaram-se a alternativa para a execução de novos projetos. O gerente conta que a sua empresa é uma das que estão seguindo esta tendência.

Além de ocupar o espaço das pequenas construções, os novos empreendimentos dificilmente terão menos que 20 andares. O construtor Roberto Barroso Filho, da Engeplus, explica que não é mais viável construir edifícios menores que 10 andares. De acordo com ele, o metro quadrado de um prédio de 10 andares chega a ser R$250,00 mais caro que o de uma torre de 30, por exemplo.

“Quanto maior o projeto, menor é o custo. Por isso optamos por construir prédios maiores para minimizar os custos”, disse Barroso Filho. Então, como há a necessidade de executar grandes projetos para garantir preços competitivos no mercado imobiliário, cada vez mais as construtoras estão buscando terrenos maiores. “Como Santos é uma ilha, não temos para onde expandirmos nossa área de atuação na Cidade”, afirmou José Teixeira.

Cercada
Vera Lúcia Santana Camino mora num prédio de 10 andares na Avenida Luiz Suplicy há 22 anos. Desde que chegou ao local, Vera disse que viu a construção de 55 edifícios ao redor do prédio onde mora. Ela afirma que a construção de edifícios está tirando um dos principais atrativos de seu apartamento, que era a vista.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 22/05/2007)

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