Para presidente de associação, a saída é mais tecnologia. 

O empresário Carlos Magno Gibrail, presidente da Sociedade dos Moradores do Morumbi, afirma arrastões em áreas consideradas até então as mais seguras do bairro estão se tornando mais freqüentes. “Atualmente, não é porque fica do lado do Palácio dos Bandeirantes que não vai ter assalto”, diz. “Os moradores se iludem, acham que vigilantes e portões vão resolver o problema. É preciso investir em tecnologia, isso sim.”

No dia 16 do mês passado, dois criminosos invadiram uma casa à venda na região, renderam um corretor e saltaram o muro para invadir a casa de um engenheiro, de 71 anos. Ele e a empregada, de 46 anos, estavam no local. Juntaram R$ 4 mil, US$ 4 mil, além de jóias. A polícia chegou a cercar a casa. O engenheiro escapou, mas a empregada foi feita refém. Os criminosos acabaram se entregando. Um deles era presidiário beneficiado pela saída dos Dias das Mães.

Em 24 de abril, outra casa do Morumbi foi invadida por um bando. Três homens da quadrilha estavam disfarçados com roupas de gari. Um corretor, a mulher, dois filhos e a empregada foram rendidos pelos ladrões. Dois assaltantes foram presos - um recém-saído da cadeia. O resto do grupo fugiu pelos fundos.

Onze dias antes, outra ação no bairro. Criminosos encapuzados renderam um colecionador de armas. Além do arsenal do dentista, os assaltantes levaram US$ 5 mil e R$ 1 mil. Fugiram com o Corolla da vítima.

ASSALTOS A CONDOMÍNIOS
Há dois anos, o especialista em segurança Jorge Lordello pesquisa dados referentes a assaltos a condomínios de São Paulo. Segundo ele, com base em boletins de ocorrência, 54% das invasões ocorre entre 18h30 e 23 horas, período em que os moradores da Rua Grumete Sandoval Santos foram rendidos.

A maioria das invasões acontece pela portaria principal (51%), onde vigias podem ser facilmente rendidos. “No mercado de segurança atual, há uma moda de colocar segurança na porta achando que aquilo vai melhorar a proteção do local”, diz. “Mas isso é falso. O despreparo desses vigias, que estão desarmados, ajuda os criminosos”, afirma.

Na vila de oito casas no bairro do Brooklin, na zona sul, onde o comerciante Amílton Belachi mora há cerca de 15 anos, a segurança feita por profissionais já foi tema de muitas discussões entre os vizinhos. Alguns queriam investir em câmeras, portão eletrônico e vigias, enquanto outro grupo detestava a idéia com medo de perder a privacidade. “Continuo não querendo”, diz ele, que nunca teve o seu sobrado assaltado.

“Acho que incrementar a segurança desse jeito vai contra tudo o que uma vila representa. Colocamos só um portão alto de ferro, com um interfone para chamar os moradores. Sem vigia. Minha esposa morre de medo quando ouve falar de arrastões, mas, se fosse para viver cercado de grades, eu iria para um prédio”.

Segundo o especialista Jorge Lordello, de fato é mais complicado evitar assaltos a casas. “É preciso redobrar a atenção (quem mora em casa). Uma boa dica é ter uma forte iluminação na rua e reparar se não há pessoas estranhas no entorno. Às vezes, a própria presença de um portão na entrada da rua pode atrapalhar, pois não dá para ver o que está acontecendo dentro da vila ou do condomínio de casas”.

(Fonte: Veiculado no Jornal O Estado de São Paulo, em 15/06/07)

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