Simulação realizada pelo economista e professor de matemática financeira José Dutra Sobrinho, a pedido do Jornal da Tarde, mostra que é possível obter crédito imobiliário para pagamento em prestações mensais menores que um salário mínimo e meio, R$ 570 em valores atuais.

É o que ocorrerá a um consumidor que decidir financiar um imóvel R$ 50 mil ( em 300 meses (25 anos). A primeira prestação será de R$ 566,67 e a última, de R$ 168. As contas consideram uma taxa média de juros de 10% ao ano com cálculo pela tabela Sistema de Amortização Constante (SAC), a mais utilizada atualmente no mercado. 

O que muitas pessoas talvez não tenham percebido ainda é que quanto maior o tempo de financiamento, maior será o valor dos juros e, como conseqüência, o valor pago ao final do prazo. Neste caso, a conta final chegará a R$ 110.200, montante mais do que dobra em relação ao retirado 25 anos antes.

O trabalho de Dutra Sobrinho concluiu ainda que um empréstimo de R$ 50 mil para pagamento em 60 meses (cinco anos), terá custado ao final do período cerca de R$ 62 mil, 24% a mais. Se optasse por financiar o mesmo valor em 120 meses (10 anos), o desembolso final seria de aproximadamente R$ 74 mil, 48% maior que o valor original.

Maior prazo, maior custo
Maiores prazos salgam ainda mais a conta final. Para um empréstimo de 180 meses (15 anos), o valor final superaria os R$ 86 mil, um aumento de 72% em relação ao que chegou ao bolso do contratante. Para um financiamento de 240 meses (20 anos), o pagamento total final iria além dos R$ 98 mil, algo próximo do dobro da quantia acordada no empréstimo original.

Um financiamento para aquisição de casa ou apartamento de R$ 100 mil ao final de 60 meses terá custado perto de R$ 124 mil. Se a pessoa preferir a opção por 120 meses, o valor final ficará em torno dos R$ 148 mil. Quem preferir os 180 meses pagará cerca de R$ 172 mil e financiar por 240 meses custaria perto de R$ 196 mil, novamente quase dois financiamentos originais.

Quem sonha um pouco mais alto, com um imóvel na casa dos R$ 150 mil poderá financiar o valor em até 300 meses Com a primeira prestação a R$ 1.700 e a última a R$ 504. O problema é que após esse período o valor original terá se transformado em R$ 330.600, mais de duas vezes o valor original.

De acordo com Dutra Sobrinho, embora os juros continuem excessivamente altos, o aumento das taxas em relação à dilatação dos prazos de pagamento é natural. chr39As pessoas procuram prestações que caibam no bolso, o que muitas vezes as leva a pagar mais pensando que fazem bom negóciochr39, diz.

Na opinião de Willian Eid Jr., economista da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), a dilatação dos prazos de financiamento imobiliário tem duas principais razões: a estabilidade econômica e a queda das taxas de juros. chr39Com isso, os bancos buscam alternativas de ganho chr39, diz Eid.

(Fonte: Veiculado no Jornal Folha da Tarde, em 01/08/2007)

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