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Leia maisPor pelo menos mais 15 dias, o lixo da Capital não poderá ser depositado onde deveria: no Aterro São João, que fica no km 33 da Estrada de Sapopemba, Zona Leste, divisa da Capital com Mauá, na Grande São Paulo. Às 4h30 madrugada de ontem, o deslizamento do topo de uma montanha de lixo com150 metros de altura, acumulada desde 1992, interrompeu uma via interna, fechando o acesso dos caminhões à área principal de descarga do aterro. Até que as obras de reforço do talude (sustentação) da montanha de lixo terminem, o aterro permanecerá fechado, segundo o EcoUrbis, consórcio responsável pelo São João. A coleta de lixo nas regiões sul e leste, áreas da Cidade atendidas pelo consórcio, não será afetada.
Vazamento de gás
Não houve feridos, mas o deslizamento rompeu uma tubulação de recolhimento de gás metano, produto da decomposição do lixo orgânico. O vazamento e o forte cheiro do gás fizeram alguns moradores da região passarem mal.
Até o fim da tarde, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) recebeu oito reclamações de vizinhos incomodados com o odor. A Cetesb deslocou uma equipe de engenheiros para o aterro. Eles constataram que não houve danos ambientais.
Associações de moradores da região informaram que, há três meses, já haviam denunciado à Cetesb a possibilidade de um desabamento no São João, por causa da altura da montanha de lixo e o peso dos caminhões. chr39Mas ninguém nos ouviuchr39, disse Décio José de Lima, presidente da Associação Maranata, que atua na área.
A parte do Aterro São João utilizada hoje, de 500 mil m2, está no fim da vida útil e tem previsão de uso para mais quatro meses, devendo ser encerrada até o fim deste ano. Em alguns trechos, a montanha de lixo, acumulada em células separadas, já supera os 150 metros de altura - o limite máximo de operação é de 155 metros. A EcoUrbis, no entanto, deverá operar um outro aterro, de 435 mil m2 (área equivalente a 60 campos de futebol) ao lado do São João, a partir de dezembro.
Por toda a área existem 30 quilômetros de tubulações, responsáveis por recolher o metano que, desde junho, é destinado à queima na Usina Termoelétrica São João, anexa ao aterro. A queima evita que o gás seja liberado na atmosfera.
A partir de janeiro, com a instalação de três geradores, a usina estará capacitada para produzir energia elétrica para até 300 mil pessoas.
ATERROS DA CAPITAL QUASE ESGOTADOS
Desde abril, o Ministério Público solicitou à Prefeitura de São Paulo estudos de alternativas para a deposição do lixo da Capital. A capacidade inicial prevista para o Aterro São João, onde ocorreu o desabamento do lixo, era a de que o espaço suportasse 9,5 milhões de toneladas de lixo, com 100 metros de altura. Hoje, a altura dos montes de lixo já chega a 150 metros.
O novo aterro sanitário que será inaugurado ao lado do São João, quando a vida útil deste se esgotar em dezembro, vai custar R$ 100 milhões e tem previsão de funcionamento por pelo menos 10 anos. O espaço poderá receber até 6.500 toneladas de lixo por dia, mantendo quase inalterada a capacidade de armazenagem diária do São João. O depósito se chamará CTL - Centro de Tratamento de Resíduos Leste.
O outro aterro sanitário da Capital, o Bandeirantes, que fica em Perus (Zona Oeste) teve a vida útil esgotada em março. O lixo que era depositado ali segue para Caieiras, na Grande São Paulo. Há estudos para estender a vida útil do espaço por alguns anos, implementando um processo de "verticalização" com a deposição do lixo em forma de pirâmide, ou mesmo com a compra de uma área anexa ao espaço.
(Fonte: Veiculado no Jornal da Tarde, em 14/08/2007)
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