Os furtos de peças metálicas de mangueiras de incêndio não são registrados em uma categoria específica, razão pela qual a Polícia Civil não dispõe de estatística sobre esse tipo de crime. Mas apesar da falta de números oficiais, a incidência desse delito tem aumentado fomentada pela indústria da receptação, disfarçada sob a fachada de comércios de sucata.  Isso sem contar com os casos que sequer chegam a ser comunicados nos distritos policiais.

Na última segunda-feira, no Centro, três esguichos, três adaptadores de hidrantes e seis conectores de mangueiras, totalizando 12 peças de bronze, foram furtados dos 2°, 6° e 8° andares do Edifício Comercial Central Avenue, na Avenida São Francisco, 65. Acusado de cometer o delito, o entregador de panquecas Cauê Martins da Costa, de 18 anos, foi identificado graças ao sistema de câmeras do condomínio.

Detido na terça-feira por policiais do 1° DP, o jovem não teve como negar a autoria do delito, sendo indiciado por furto pelo delegado Fábio Pierry e liberado, porque não houve prisão em flagrante. Funcionário do restaurante de um tio, na Rua Frei Gaspar, ele disse que foi ao Central Avenue entregar panquecas e aproveitou para furtar os objetos de metal, cortando-os das mangueiras com uma faca.

Ferro-velho
Segundo o jovem, o material foi colocado dentro de uma mochila e ele saiu do prédio sem problemas. No mesmo dia, as peças foram vendidas por quilo em um ferro-velho na Rua Júlio Conceição, na Vila Mathias. Informou que recebeu R$32,90, gastando o dinheiro com cerveja. Cauê levou a equipe do investigador Marcelo Mendes até o depósito de sucata, mas os objetos de bronze não foram achados. “Provavelmente, eles já estão derretidos”, justificou o policial.

O responsável pelo ferro-velho não se encontrava no momento da vistoria, mas ele será intimado a prestar esclarecimentos. Apesar de os materiais levados do prédio comercial não terem sido apreendidos no estabelecimento, não está descartada a hipótese de indiciamento do comerciante pelo crime de receptação, “porque o autor do furto revelou com detalhes ter negociado as peças metálicas naquele local”, acrescentou Mendes.

Síndico do Edifício Comercial Central Avenue, o advogado Kurt Engen Freudenthal comentou ontem que o circuito interno de TV do condomínio precisou ser modificado em decorrência do furto de 18 peças de bronze (seis esguichos e 12 conectores) furtadas de caixas de hidrantes instaladas em seis andares, em 8 de novembro do ano passado. Naquela oportunidade, as câmeras não captaram a ação do ladrão.

Apesar de o prédio contar com seguro, ele não foi ressarcido dos prejuízos. “A seguradora não pagou porque alegou que não houve arrombamento”, disse Freudenthal. Porém, o síndico observou que as caixas de hidrantes, “por razões óbvias”, não podem ser trancadas, porque devem ser abertas facilmente, por qualquer pessoa, em caso de emergência. Decreto estadual sobre normas de segurança contra incêndios prevê isso.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 09/08/2007)

Assessoria de Imprensa do Sicon
Av. Conselheiro Nébias, 472 - Encruzilhada - Santos - SP
Fone/Fax: (13) 3224-9933
Visite nosso site:
www.sicon.org.br

Compartilhe

Veja outras notícias

Negociações coletivas encerradas para as bases territoriais de São Vicente, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

+

Leia mais

Atenção: Assembleia Geral Extraordinária - Negociação Coletiva 2024/2025 - Síndicos, participem!

+

Leia mais

Assembleia Geral Extraordinária

+

Leia mais