Especialistas e representantes que atuam nesse segmento alertam que a contratação de funcionários responsáveis pela entrada precisa ser bem criteriosa, levando-se em conta princípios básicos como a apresentação de atestados de antecedentes criminais e trabalhistas.

Presidente do Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista (Sicon), Rubens José Reis Moscatelli disse que a preocupação é motivada pelo fato de muitos síndicos optarem pela terceirização da mão-de-obra, sem se preocupar com a qualificação profissional.

Embora a entidade não tenha um levantamento estatístico sobre o assunto, estima-se que haja 15 mil trabalhadores diretos e indiretos nos cerca de 5.500 prédios residenciais de Santos.

Segundo Moscatelli, para baratear os custos do condomínio, os síndicos acabam preferindo contratar pessoas sem qualificação adequada. “Não é raro observar pessoas trabalhando sem carteira assinada, o que é um outro erro grave. O condomínio acaba sendo solidário com eventuais ações trabalhistas que não venham a ser cumpridas no futuro”.

Privilegiar pessoas com o perfil de trato com o público (atencioso, sério e disciplinado) é uma medida considerada positiva. “Se a contratação for feita por meio de uma empresa de serviço temporário, procure saber como foi feito o treinamento com o responsável”.

A empresa também deve manter contato constante com o síndico, para saber como está o desempenho do seu funcionário.

Outro ponto importante destacado pelo sindicalista foi a participação nas reuniões periódicas, denominadas assembléias ordinárias. “O síndico não deve centralizar as ações, mas sim, discutí-las em conjunto com a maioria dos proprietários. Tudo precisa ser  bem esclarecido com os condôminos, para que as rotinas adotadas para a segurança do prédio tenham a eficácia desejada”.

Caso a contratação ocorra de forma direta pelo condomínio, o síndico deve procurar conhecer pessoalmente as referências do contratado. “O ideal é ir até o local onde o candidato trabalhou para saber como foi o seu desempenho com os moradores”.

Conforme salientou, a formação do funcionário é fundamental no processo. “Não adianta nada investir em equipamentos como o sistema de monitoramento por câmeras se a pessoa que for operá-lo não estiver capacitado para isso”.

Saiba mais

Cuidados ao contratar
Verifique se a empresa de terceirização está cumprindo os compromissos para com o funcionário, como o recolhimento da contribuição previdenciária;
Verifique os antecedentes trabalhistas do candidato, para analisar se o mesmo se enquadra na realidade do condomínio;
Investigue eventuais antecedentes criminais do candidato;
No momento da contratação, as regras do cotidiano devem ser bem claras e respeitadas pelos próprios moradores.

Experiência precisa ser de 2 anos
Dois anos de experiência na função, segundo grau completo e uma boa comunicação no trato com o público. Esses são alguns dos requisitos básicos exigidos por empresas que contratam mão-de-obra temporária para trabalhar em portarias de edifícios.

Na empresa Mazzini, que atua há 27 anos na Cidade, a procura é maior para as áreas de serviços gerais e portaria. De acordo com a psicóloga Marcela Camarano, nos últimos anos os síndicos têm exigido uma qualificação maior.

“Por conta da modernização das suas estruturas, alguns incluem até conhecimentos de informática e operação de rádio-comunicador”, assinalou.

Além de passar por uma bateria de exames, o funcionário, cujo vínculo empregatício permanece com a Mazzini, é fiscalizado periodicamente. “Nós mantemos contato freqüente com o síndico para saber como está sendo a receptividade junto aos moradores, se há queixas quanto à conduta do contratado. Se houver algum problema, o mesmo pode ser substituído”.

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 17/08/2007)

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