Aparelho deve ser adequado às dimensões do ambiente e passar por manutenção regularmente.



"Como o cálculo da carga térmica não é simples, sugerimos que o consumidor se informe antes de comprar o aparelho", orienta Evandro Cavallieri, gerente-geral de manufatura de ar-condicionado da Consul.



"Os produtos em geral vêm com uma "idéia" de dimensão de cômodo, para não se levar o equipamento errado", explica.



Osvaldo Alves, engenheiro da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), lembra que uma má escolha pode "quebrar o clima" da expectativa com a compra.



Entre os problemas gerados, estão aumento da conta de energia elétrica e diminuição da vida útil do produto, já que ele opera acima da capacidade.



"O correto é fazer um pequeno projeto, mesmo que com a ajuda do vendedor da loja. Um cálculo bastante aproximado é de 12 mil BTUs [unidade que indica a capacidade térmica do equipamento] para cada 20 m2", exemplifica Alves.



Os modelos portáteis não costumam ser suficientes para esfriar grandes ambientes. Além disso, geralmente ficam em desvantagem em relação ao barulho produzido, pois, nos de parede, o compressor fica do lado de fora do ambiente.



Manutenção

Mesmo com muitas opções de aparelho, inclusive as que não usam gases poluentes (leia mais no texto abaixo), há uma atitude ainda mais sustentável: fazer a manutenção regular do que já está instalado em casa.



"O que constatamos é que nem sempre há a cultura da manutenção. Alguns modelos, por exemplo, têm alarme para avisar quando o filtro deve ser trocado", explica Cavallieri.



Essa troca, ou a limpeza do filtro, é o procedimento mais usual e deve ser feita a cada seis meses, se o ar-condicionado é pouco usado, ou três meses, se ele funciona diariamente.



Ruídos e gotejamento excessivo, por sua vez, normalmente são indícios de que a hora certa da manutenção já passou e que talvez seja necessário trocar alguma outra peça.



Troca

Ou o próprio aparelho, como aconteceu com a professora Luisa Zafferri Giusti. Ela tem quatro recém-comprados na sua casa de praia.



"Os velhos já faziam bastante barulho. Os novos, além de silenciosos, parecem mais potentes", relata.



Cuidados com a máquina ajudam a manter o padrão de qualidade do ar respirado, fundamental contra o agravamento de doenças respiratórias.



"Se os filtros estiverem sujos, ou se o ar não for renovado no ambiente, pessoas com rinite e asma ficarão incomodadas", diz Ciro Kirchenchtejn, professor de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo.



Água e gás natural substituem insumo poluente

Aparelhos movidos à água têm preços 10% maiores que os de equipamentos tradicionais




Para esfriar a pecha de "ecologicamente incorreto" do ar-condicionado, muita gente opta por modelos que não usam insumos que podem ser nocivos à saúde ou ao ambiente, caso dos que funcionam à base de água ou com gás natural.

A psicóloga Elisa Okamoto, por exemplo, conta que escolheu seu condicionador de ar justamente por essa razão.



"Preferi um modelo para a minha casa que é movido à água. Assim, não leva nenhum desses gases prejudiciais à camada de ozônio", justifica.

Okamoto afirma ainda que esse modelo deixe "o ar mais leve" a umidade da água colabora para uma sensação mais agradável no ambiente.



Esses equipamentos, de fato, não possuem gases nocivos ao ambiente como os compostos de CFC (clorofluorcarbono), que também são inflamáveis e eram comumente usados nos aparelhos tradicionais.



A desvantagem é que o ar-condicionado movido à água custa, em média, 10% mais que o convencional.




Outro que aderiu ao modelo à água foi Fabricio Torres, 34, gerente administrativo.



"Coloquei um na minha sala e é ótimo. Além de não ressecar muito o ar, a conta [de energia elétrica] diminuiu bastante", aponta Torres.



"Essa economia acontece porque a água evaporada resfria o ar", explica Paulo Gabarra, diretor-executivo da Ecobrisa, empresa que fabrica produtos com essa tecnologia.



Gás natural

Há ainda uma outra alternativa: condicionadores de ar movidos a gás natural.

"O modelo mais comum desse tipo de ar-condicionado funciona com um compressor [motor] a gás natural", explica Alexandre Breda, gerente de vendas da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo).



A idéia já é praticada em alguns imóveis -mas geralmente eles são comerciais.

"Não é viável ainda a instalação desse tipo para uso doméstico. As máquinas são muito mais caras que as comuns, mesmo oferecendo uma economia significativa", argumenta Alexandre Breda.



Essa conta da economia já foi feita por algumas empresas que utilizam essa solução em substituição aos condicionadores de ar comuns.




O Hospital Nossa Senhora de Lourdes é um exemplo. Lá foram instaladas, no começo do ano, 16 máquinas desse tipo para refrigerar os ambientes.




"A economia será em torno de 15% a 20% na conta de energia elétrica por ano", aponta Roney Margutti, engenheiro responsável pelo departamento de manutenção. (MD)



(Fonte: Veiculado no Jornal Folha de São Paulo, em 17/02/2008)










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