Técnicos da empresa da Atlas Schindler constataram a irregularidade e, por escrito, notificaram o condomínio Edifício Castell di Maria, recomendando a realização de reparos. O documento faz parte do inquérito policial que apura o caso.
 
Segundo o delegado assistente do 7º DP, Luiz Eduardo Fiore Maia, que preside o inquérito, a notifação da empresa de elevadores será muito importante para indicar a responsabilidade pelo homicídio culposo (decorrente de suposta negligência) do ator. Porém, para concluir as investigações, a autoridade policial ainda aguarda o laudo pericial na porta de inspeção do elevador a ser elaborado pelo Setor de Engenharia do Núcleo de Perícias Criminalísticas de Santos (NPCS).
 
‘‘É uma perícia muito complexa, que requer minuciosos exames no equipamento’’, justificou Maia. Em razão do tempo já decorrido e do que ainda será necessário para a elaboração do laudo, o inquérito foi remetido à Justiça com pedido de prorrogação de prazo. O acidente que resultou na morte de Fábio aconteceu em 2 de dezembro de 2007. Ele foi ao prédio, na Avenida Pinheiro Machado, 960, no José Menino, visitar uma amiga.

RECONSTITUIÇÃO
O ator nunca tinha ido ao Castell di Maria. Momentos antes de entrar no Edifício, ele conversou com a amiga por celular para confirmar o número do apartamento. Logo em seguida, chegou à portaria do prédio e, aparentemente, perdeu-se em seu interior, porque subiu pelo elevador de serviço até o 20º andar. Depois, por meio de uma escada, atingiu o 21º piso, objetivando chegar à cobertura da amiga. Nesse pequeno percurso aconteceu a tragédia.
 
Caminhando pelos corredores internos do prédio, Fábio se deparou com uma porta dotada de maçaneta e conseguiu abri-la. A abertura, em tese, só poderia ocorrer com o uso de chave especial, porque a porta é de inspeção de um dos quatro elevadores do edifício, que não estava parado naquele pavimento, mas sim no térreo. O que aconteceu na seqüência é previsível: o ator deu um passo à frente e sofreu uma queda livre. Politraumatizado, morreu na hora.
 
O delegado Maia e o investigador Agostinho Pereira estiveram no edifício. Segundo eles, o hall onde fica a porta de inspeção estava escuro, devido a uma luz queimada e da falta de lâmpada em outro ponto de iluminação. O síndico do Castell di Maria, Clarindo Taveira de Melo, refutou essa informação. ‘‘O que não havia era sensor de presença’’, alegou, referindo-se ao dispositivo que automaticamente acende as luzes com a chegada de alguém.

SAIBA MAIS
Jovem talento
Fábio Eduardo Silva Torrente Augusto despontava entre a nova geração de dramaturgos da Cidade. Autor da peça O Recital de Sofia (recentemente em cartaz), na qual também atuou como ator, ele fez pesquisas para outro texto, Wicca, montado pelo grupo Pernilongos Insolentes Pintam de Humor a Tragédia

(Fonte: Veiculado no Jornal A Tribuna de Santos, em 24/02/2008)

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