Alguns deles tinham dúvidas sobre as opções de lazer, alguns queriam saber quando as obras de acabamento estariam concluídas e alguns simplesmente desejavam fazer amizade com os vizinhos.



Keating, vice-presidente de marketing do ShopWiki.com, um serviço online de buscas de lojas, percebeu que a necessidade de encaminhar essa corrente infinita de mensagens tornava o processo ineficiente e desperdiçava seu tempo. 



Para criar um sistema mais enxuto, ele criou um fórum de discussão, o BeaconOwners.com, no qual moradores podem postar mensagens sobre todos os assuntos - de jogos de pôquer ao barulho dos elevadores.



"Comprei um nome de domínio por US$ 9", disse Keating, 39. "Baixei o software de graça. Em duas horas o fórum estava operacional. Foi absurdamente fácil".



A comunicação eletrônica em edifícios residenciais vem melhorando, nos últimos anos na região de Nova York, com a construção de novos edifícios já equipados de cabeamento para Internet. Mas os meios de conexão para moradores de edifícios de qualquer idade podem ser muito simples - um grupo no Google ou Yahoo, uma comunidade em sites de discussão como o MySpace ou o Facebook, ou adesão a um site como o LifeAt.com, que permite que seus membros postem fotos e perfis de usuários.



Outro site, o MeetTheNeighbors.org, é grátis e em larga medida funciona como fórum de mensagens para pessoas do mesmo grupo ou do mesmo bairro. Os sistemas de comunicação internos de edifícios permitem que os residentes se conheçam, se comuniquem com a administradora do condomínio, solicitem e acompanhem reparos e resolvam disputas.



O LifeAt está em uso em 149 edifícios de Manhattan, de acordo com a empresa. Os edifícios pagam uma taxa única de US$ 6 mil pelo acesso ao site. Os moradores podem postar perfis pessoais e anúncios classificados que outras pessoas que morem no mesmo edifício podem ver, bem como classificar as empresas locais e receber cupons de desconto de cadeias nacionais de varejo como a Kohlchr39s e a Sears.



Os funcionários do condomínio também usar o LifeAt para contactar os moradores. Em janeiro, Ryan James, 29, se mudou para o Eleven80, um condomínio de luxo com 317 apartamentos alugados, em Newark, Nova Jersey, e assinou o serviço LifeAt.



"Fiquei surpreso com o nível de participação", disse James, vice-presidente de serviços financeiros da Unity Financial, em Wall Stret. "Isso demonstra que as pessoas estão dispostas a formar se não amizades ao menos conexões simpáticas com seus vizinhos. Em todos os edifícios em que vivi, especialmente em Nova York, as pessoas tendiam a se isolar".



No seu perfil, James se descreve como "solteiro e da noite", e descreve esporte e política como hobbies. "Eu me inscrevi para ver que forma de companheirismo o site oferece", ele disse. "No meu prédio, há algumas mulheres bonitas, afinal".



E embora ele tenha dito que até agora não tomou coragem de fazer contato com elas, foi a uma festa cujo tema eram as finais do campeonato de futebol americano, realizada na sala de mídia do edifício. Ele descobriu sobre a festa em um site de Internet usado pelo pessoal do condomínio para divulgar eventos.



O LifeAt também oferece uma lista de mensagens para bate-papos entre moradores. "No começo, muitos dos incorporadores achavam melhor que os moradores dos edifícios que constroem não se comunicassem entre eles", disse Matthew Goldstein, presidente-executivo da LifeAt. "Nossa resposta é que a comunicação existia de qualquer maneira as pessoas recorriam ao Google e Yahoo e formavam grupos de discussão. Eis uma maneira de monitorar a coisa, cuidar da manutenção e responder a problemas e dúvidas, em lugar de se esconder deles".



Alguns grupos são formados ainda antes que os edifícios estejam construídos. No Gantry, um condomínio de 47 apartamentos em Long Island City, Queens, Yvan Chu, dono de um dos apartamentos, criou um grupo no Google no começo de 2006, antes que o edifício fosse inaugurado, no ano passado.



"No caso de edifícios novos, sempre demora bastante entre a assinatura do contrato e a mudança; achei que o grupo seria uma boa forma de promover união", disse Chu, 35, advogado especialista em imóveis. "Todos nós estávamos curiosos uns sobre os outros, para descobrir de que maneira poderíamos nos ajudar mutuamente". 



Susan Burns, dona de um apartamento no Gantry e presidente do conselho do condomínio, disse que antes da inauguração, o grupo era uma ótima fonte de conselhos imobiliários.



"Era uma forma ótima de dividir recursos e informações". Ao mesmo tempo, diz Burns, 44, vice-presidente da Sard Verbinnen, uma empresa de relações públicas que opera no mercado financeiro, os moradores podiam trocar mensagens sobre pintores, advogados especialistas em imóveis e sobre seguros residenciais.



Chu, tesoureiro assistente no conselho do condomínio, disse que a atividade no grupo de discussão se reduziu um pouco agora que os moradores podem simplesmente bater à porta dos vizinhos, mas que ele continua a ser uma ferramenta de comunicação.



Recentemente, uma troca de mensagens entre moradores sobre persianas personalizadas gerou um debate sobre aspectos estéticos da fachada do edifício e um pedido coletivo de persianas. "Conseguimos resolver tudo coletivamente, e em um só dia", disse Chu. "Todo mundo ficou contente, e conseguimos preço mais baixo".



(Fonte: Veiculado em The New York Times - Tradução:Paulo Migliacci ME)




























 















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