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Leia maisTratar efluentes domésticos reduz conta do insumo em 50%.
Implantação de estação de reuso deve ser prevista na fase de obra.
O investimento envolvido na construção de uma estação de tratamento para reuso de águas cinza em um residencial para 500 moradores fira em torno de R$ 100 mil, estima Sybile Muller, engenheira responsável da AcquaBrasilis.
Para a utilização da água em vasos sanitários, o custo de instalação de sistema hidráulico quase dobra pela necessidade de encanamento duplo em grande parte do sistema.
É preciso ter saídas diferentes para a água cinza e a água proveniente das bacias sanitárias e da pia da cozinha.
“Em edifícios prontos, as alterações para reutilizar águas cinza são muito caras. O princípio é interessante para construções novas”, pondera Ivanildo Hespanhol, diretor do Cirra.
O engenheiro Paulino de Almeida Neto chama a atenção para a importância da pressão feita pelos compradores ao preferirem imóveis sustentáveis.
No mercado de estações de tratamento, há financiamentos que ajudam a reduzir o impacto do investimento na obra.
Um leasing da Biosistemas Ambiental (www.biosistemas.com.br) com os bancos Bradesco e ABN Amro/ Real permite o pagamento do sistema em cinco anos, com seis meses de carência.
Armazenar a chuva para limpar o quintal e regar as plantas do jardim é uma prática comum nas épocas de rodízio no fornecimento de água.
Mas, em prédios comerciais e residenciais, os sistemas de tratamento já vão bem além desse tipo de aproveitamento e permitem cortar até pela metade o valor da conta de abastecimento e esgoto.
Os processos mais conhecidos de filtragem e cloração foram incrementados com o tratamento da água de ar-condicionado e das águas cinzas – efluentes domésticos, com exceção dos da bacia sanitária e da pia de cozinha.
Após a passagem pela estação, a água de reuso pode ser utilizada em jardinagem, na limpeza e no reabastecimento dos vasos sanitários.
Embora o investimento seja alto, a redução nas contas de água e esgoto pode ser um atrativo até maior que o engajamento ambiental.
“A instalação de uma estação autônoma no Condomínio pode gerar uma economia de 50% no consumo mensal”, afirma Marcelo Zanini, diretor da Biosistemas Ambiental, especializada em sistema de tratamento.
Os valores deduzidos da contam dizem respeito não só ao volume de água potável economizado. Envolvem a redução do volume de esgoto descarregado na rede pública de saneamento, pois a conta de água é dobrada pela cobrança de abastecimento e descarga do líquido.
Condomínios que possuem estações autônomas de tratamento instalam um segundo medidor na saída do esgoto, para que seja computada pela concessionária apenas a quantidade eliminada na rede.
Cerca de 70% dos dejetos de unidades domiciliares são compostos por águas cinza.
O primeiro passo para implementar um programa de conservação de água é o estudo da distribuição do consumo.
O projeto varia com especificidades dos sistemas e usuários e deve ser específico para cada empreendimento.
“Precisa ser feito um balanço hídrico para saber qual é a demanda de água de reuso e a capacidade de produção”, diz Sybille Muller, engenheira da fornecedora AcquaBrasilis.
Mercado imaturo
O dimensionamento será importante na decisão do tipo de sistema e para seu melhor aproveitamento evitando a produção além da necessidade.
Apesar do aumento na demanda por projetos de estações de tratamento para reuso em residenciais, especialistas alertam que as construtoras pouco se preocupam com o custo de manutenção e com a economia em longo prazo, preferindo fazer cortes no investimento inicial.
“As construtoras investem para a venda de imóveis em curto prazo e deixam de gastar em um sistema econômico a longo termo”, fala Gilson Cassini, presidente do Sindesam (Sindicato Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental).
“É uma conta que depende do tipo de empreendimento”, aponta André Aranha, consultor do SindusCon – SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
“No mercado imobiliário residencial, a vantagem precisa ser percebida pelo comprador que esteja disposto a gastar um pouco mais na compra e economizar ao longo do tempo”.
(Fonte: Veiculado no Jornal Folha de São Paulo, em 08/06/2008)
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