Texto: Eugênio Martins Jr. / Fotos: Leandro Amaral



Pela manhã ela serve de cenário para todos os esportes náuticos praticados em Santos. À tardinha, é palco para os corredores, pescadores, mães e babás com seus carrinhos. A Ponta da Praia é, sem dúvida, a vedete dos bairros santistas. Seu pôr-do-sol é muito bonito e, na verdade, nem é dela, pertence a São Vicente, mas a visão que se tem do deck dos pescadores é uma das mais lindas de toda a orla. Seu aniversário é neste domingo, dia 29.

Sem falar da proximidade dos navios que entram e saem do porto — é um dos raros lugares no mundo em que a cidade fica  a apenas 50 metros do costado de um enorme cargueiro de 100 mil toneladas navegando lentamente. Não por acaso, na época dos cruzeiros de verão o bairro é invadido por moradores e turistas ávidos em ver a passagem de luxuosos transatlânticos.

Nos últimos tempos o bairro tem sido alvo de grandes investimentos imobiliários que vão mudar toda a sua paisagem. Será que algum dia os arranha-céus irão substituir os tradicionais clubes náuticos? Se a resposta for positiva, será mais uma vingança da história. Os clubes, no passado, tiraram o lugar das chácaras e dos campos da várzea onde as crianças corriam soltas.

A Ponta da Praia é um lugar onde se pode ficar sem fazer nada, simplesmente olhando o mar. Mas para quem quer fazer alguma coisa também tem. São três museus: o de Pesca, com sua história e suas arraias, tubarões, mamíferos marinhos, e uma das maiores lulas taxidemizadas do mundo; o Museu do Mar, dedicado à biologia; e o Museu Marítimo, contando a história das embarcações e dos naufrágios nas águas brasileiras.

Mas a maior atração é o Aquário Municipal. Pólo atrativo de turistas do mundo inteiro, seus tanques recebem a visita de centenas de milhares de pessoas por ano, é o segundo equipamento mais visitado de São Paulo, só perde do Jardim Zoológico. Com a reforma, ficou melhor.

A Ponta da Praia tem também o privilégio do peixe fresco, paraíso dos gourmets e de cozinheiros e cozinheiras, desde os restaurantes até a mesa das famílias. Tanto no mercado de peixe, quanto na rua do peixe. Muito simpáticos: o nome, a atividade e os lugares.

Os jovens também têm sua vez. No conjunto poliesportivo Rebouças e nas diversas instituições de ensino no bairro. Um bom exemplo é o centro de excelência chamado Senai. A escola forma a molecada pra profissão e pra vida. Tudo isso fica bem ali, como dizem, onde o vento faz a curva. Onde a cidade acaba. Ou começa? 

(Fonte: Veiculado no Jornal da Orla, em 29/06/2008)

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