Foi dado início à construção de mais 940 unidades habitacionais no Bolsão 9, em Cubatão. Os apartamentos abrigarão as famílias que serão retiradas de trechos da Vila Esperança, para que o projeto de reurbanização do bairro seja colocado efetivamente em prática.

De acordo com a diretora de Habitação da Prefeitura, Andrea Maria de Castro, as primeiras 250 unidades devem ser entregues no final do primeiro semestre de 2009. Depois, a transferência dos moradores será realizada durante outras três fases do projeto.

"A transferência será gradual. Conforme formos avançando com as obras na Vila Esperança, as famílias serão retiradas". A previsão é que as 940 unidades estejam prontas até o final de 2010.

Este será o segundo conjunto habitacional no Bolsão 9. No local já vivem 160 famílias que foram retiradas do Jardim São Marcos no início do primeiro semestre deste ano. O Jardim São Marcos era a última favela existente na região do pólo industrial de Cubatão.

Além desses dois conjuntos, também será erguido no Bolsão 9 outros 1.240 apartamentos, que abrigarão parte dos moradores que vive em área de risco nos bairros-cota.

Já essa remoção faz parte do Programa de Recuperação Ambiental da Serra do Mar. Lançado no ano passado pelo Governo do Estado, esse projeto prevê, até 2012, a retirada de 5.600 domicílios de um total de 8 mil erguidos em áreas de preservação ambiental e de mananciais dentro do Parque Estadual da Serra do Mar. 

PROJETO AMBICIOSO

A reurbanização da Vila Esperança é um ambicioso projeto, orçado em cerca de R$ 210 milhões, bancados pelos governos Federal,Estadual e Municipal, que visa eliminar as moradias em condições de risco (palafitas e barracos) do bairro, consolidar as residências consideradas de bom padrão e também recuperar o manguezal que margeia toda a extensão da favela.

Formada por Morro do Índio, Sítio Novo, Ilha Bela, Vila Caic e Vila Nova Esperança, o complexo da Vila Esperança é considerado a maior favela de Cubatão, com cerca de 20 mil habitantes.

Todo o complexo ­ localizado entre as rodovias dos Imigrantes, Padre Manuel da Nóbrega e Rio Paranhos ­ foi erguido em área de preservação ambiental, o que já motivou uma séria de ações movidas pelo Ministério Público.

A previsão do Poder Públicoé que o projeto seja executado em, no máximo, seis anos, e que, ao final desse prazo, todas as cercas de 6 mil famílias que serão beneficiadas possam usufruir de água encanada, tratamento de esgoto e moradias dignas. 

(Matéria publicada em A Tribuna - 18/08/2008)

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