A definição sobre a instalação de um equipamento de saúde está sendo o principal empecilho para a aprovação, de fato, de um projeto habitacional com caráter metropolitano atrás do conjunto Tancredo Neves, na Cidade Náutica, em São Vicente. O novo equipamento, se confirmado, será montado em uma área entre o atual conjunto e o Rio Casqueiro, deverá ter 2.500 novas moradias, a serem divididas entre vicentinos e santistas, por meio de parceria das prefeituras das duas cidades. Datas não foram definidas.

O projeto de construção deste novo núcleo no Tancredo Neves foi exposto pelo prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, candidato à reeleição naquele município, durante sabatina promovida por A Tribuna. Na entrevista, publicada na edição de ontem, Papa declarou que pretende ajudar a resolver parte do déficit habitacional de Santos com a construção de 2.500 imóveis em São Vicente, sendo que 1.140 ficarão para famílias santistas. O restante será de vicentinos.

O motivo deste direcionamento para São Vicente é a falta de espaços disponíveis na parte insular de Santos. Entretanto, para que o projeto saia do papel, e para que a prefeitura vicentina assine o acordo, a prefeitura santista terá a responsabilidade de construir no local, além do próprio conjunto, uma escola de período integral da creche ao Ensino Médio. Também terá que erguer um equipamento de saúde para aquela comunidade.

A área planejada para o novo conjunto, segundo Papa na sabatina de ontem, pertencia à Cohab que, por conta de débitos antigos com a Caixa Econômica Federal, perdeu o espaço. Ainda conforme declaração de Papa, a Prefeitura de Santos recuperou a área por meio de renegociações.

INFRA-ESTRUTURA

Segundo a Prefeitura de São Vicente, antes de se licenciar para concorrer à reeleição, o prefeito Tércio Garcia deixou claro ao prefeito Papa que, entre as condições para a aprovação do acordo, seriam necessários investimentos em infra-estrutura para atender às novas 2.500 famílias que virão para as unidades, além da destinação de metade do conjunto para moradores de São Vicente.

A Administração vicentina confirmou que os entendimentos, nesse sentido, estão avançado se tudo caminha para a aprovação do projeto. Entretanto, as exigências de infra-estrutura são necessárias, ainda conforme a Prefeitura de São Vicente, para se evitar a ocorrência de problemas sociais, como aconteceu com outros conjuntos, no passado.

A prefeitura vicentina exemplificou com o Conjunto Humaitá, inaugurado em 1983, com 3.760 casas montadas pela Cohab. Naquela época, mais de15 mil pessoas foram transferidas para a Área Continental de São Vicente para morar em um local que tinha problemas de drenagem, saneamento, além da falta de escolas, de postos de saúde, de segurança pública e pavimentação.

Também as condições de isolamento do Humaitá provocaram revolta e muitos protestos, naquela ocasião, que sempre culminavam com a interdição de trecho da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega. Em uma destas interdições da pista, no início dos anos 80, o então secretário de Estado de Transportes, Horácio Ortiz, chegou a descer de helicóptero em frente ao Humaitá. Segundo registros da época, a visita teve como objetivo a garantia aos moradores de que haveria a duplicação da estrada.

A Prefeitura de São Vicente disse ainda que este tipo de problema de falta de infra-estrutura se repetiu após a construção das primeiras mil unidades do atual Conjunto Tancredo Neves, já havia ocorrido também, na inauguração do primeiro conjunto da Cohab, o Pompeba, nos anos 60.

MORADORES

A Prefeitura de São Vicente informou que estuda definir quais famílias irão ocupar metade do novo conjunto a ser construído.


Fonte: A Tribuna

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