O mercado imobiliário da Cidade vive um ótimo momento. Nunca foi visto um crescimento tão grande de lançamentos desse tipo de empreendimento e interessados em adquirir uma residência fixa. Por outro lado, a dificuldade para encontrar um apartamento ou casa ­ independentemente do tamanho ­ para alugar é enorme.

Um dos motivos que podem emperrar uma negociação é o alto valor das mensalidades dos imóveis, devido à escassez de oferta. Por esse fato, alguns clientes têm reclamado do aumento dos preços, que podem chegar a dobrar, dependendo do caso.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretor de Imóveis de São Paulo (CreciSP), José Augusto Viana Neto, não é fácil, nos dias de hoje, encontrar uma residência para locar em todo o Brasil, em especial no Estado.

"A renda da população vem melhorando com o decorrer do tempo, ou seja, muitos aproveitaram esse momento para adquirir a própria residência, após muitos anos sem ter a oportunidade de obter a casa própria", explica.

Na opinião dele, as unidades disponíveis para arrendar não atendem à demanda, ao contrário das vendas, pois a cada dia são anunciados novos lançamentos, principalmente aqueles de caráter mais popular.

"O aspecto mais importante levado em consideração pelas pessoas na hora de alugar é que o imóvel seja perto do local de trabalho, independente se há serviços de portaria ou segurança".

Em relação ao aumento dos valores pagos pelos inquilinos, Viana Neto enfatiza que o setor passou por um período ruim no passado e a taxa mensal representava menos de 1% do custo do imóvel.

"Essa crise vai demorar para passar. Normalmente, nos contratos antigos, era cobrado o equivalente algo em torno do 0,5% do valor da residência. Por esse motivo, durante a renovação (do contrato), as mensalidades podem passar dos 100% de reajuste", enfatiza.

No entanto, ressalta que o melhor caminho a seguir para aqueles que já são clientes é buscar a negociação.

"O dono sabe muito bem o valor que tem um bom inquilino, cumpridor de suas obrigações, que mantém o pagamento em dia e conserva seu imóvel".

GARANTIA DE CONTRATO

Normalmente, para conseguir alugar um imóvel na Cidade, o locatário deve apresentar um fiador idôneo e que tenha uma propriedade no próprio município ou em São Vicente.

Aliás, essa modalidade de contrato para a garantia do pagamento da mensalidade ao proprietário é utilizada por 58,32% dos 979 acordos fechados neste primeiro semestre no Litoral, seguida por depósito (22,57%) e pelo Seguro Fiança (19,10%), conforme levantamento do Creci­SP.

Das residências alugadas na região, 68,37% das mensalidades variavam entre R$ 200,00 e R$ 600,00. A faixa salarial dos locatários estava na faixa de um a cinco salários mínimos, ou seja, possuem renda entre R$ 415,00 e R$ 2.075,00.

A inadimplência dos inquilinos fechou o período em 3,16%, número inferior ao registrado na Capital e no Interior.

"Esse problema está diminuindo bastante nos últimos três anos", afirma o representante do Creci-SP.

Destaque

Segundo o relatório Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente - A Experiência Brasileira Recente, os juros, os lucros e os aluguéis estão entre os itens da renda nacional que mais cresceram desde a última década, inclusive superando o rendimento dos trabalhadores. Por exemplo, em 1990, os ganhos financeiros representavam 38,4% da renda brasileira (um dos componentes do Produto Interno Bruto ­ PIB). Já em 2003, tal peso subiu para 51,7%. Em relação à remuneração das pessoas ocupadas, houve uma tendência inversa e passou a ser a parte menor do total: caiu de 53,5% para 42,9%. O documento foi lançado, no último dia 8, por três agências da Organização das Nações Unidas (ONU): Comissão Econômica para a América Latina (Cepal ), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 


Fonte: Jornal A Tribuna - 18/09/2008

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