Os proprietários de residências localizadas entre os bairros Mirim e Solemar, em Praia Grande, terão de fazer adaptações hidráulicas em suas moradias para possibilitar o funcionamentodo Programa Recuperação Ambiental Onda Limpa. Os ajustes necessários foram detalhados ontem, em reunião realizada entre representantes dos moradores, da Sabesp e dos consórcios Odebrecht-Carioca e Atlântico.

Para receber as melhorias do programa, que ampliará o sistema e coleta de esgoto na Cidade em quase 100%, os moradores terão que implantar caixas de inspeção e um tubo de ventilação na parte externa do imóvel. Também será necessário instalar caixas de gordura e sifões nas pias e tanques.

O custo das adaptações pode chegar a R$ 500,00 e será de responsabilidade dos proprietários. Mas o valor a ser investido, segundo o superintendente regional da Sabesp, Reynaldo Young, variará de acordo com o porte do imóvel. "Esse custo é fundamental para o sistema e para que os benefícios do programa sejam sentidos. Mas em imóveis pequenos o valor pode ser bem menor".



Conforme explicou Young, em cerca de um ano as obras de maior porte, que compreendem a construção do emissário submarino do Bairro Caiçara, de 14 estações elevatórias de esgoto e de uma estação de pré-condicionamento de esgotos devem ser concluídas. "A partir daí serão iniciadas as ligações de esgoto domiciliares".

A estimativa é que sejam feitas 18 mil ligações de esgoto e que o índice de saneamento em Praia Grande passe dos atuais 49% para 95%.

Nas próximas semanas a Sabesp e o consórcio Atlântico farão visitas domiciliares nas áreas abrangidas pelo programa para dar orientações aos moradores sobre os procedimentos hidráulicos. Além disso, é possível esclarecer dúvidas na Barraca Onda Limpa, localizada na Avenida Castelo Branco, no Caiçara.

Tatuzinho‘ começa a cavar amanhã

Começam amanhã os testes para utilização do tatuzinho, equipamento de tecnologia alemã que fará as escavações por baixo da terra para a construção do emissário submarino do Bairro Caiçara, em Praia Grande.

As obras fazem parte do Programa Onda Limpa, que só na cidade receberá investimentos de R$ 184 milhões. "A partir do dia 3, o equipamento já será ajustado para os testes de operação. A partir daí, trabalhará 24 horas por dia", explicou o superintendente regional da Sabesp na Baixada Santista, Reynaldo Young.

Oficialmente chamado de Shield, o equipamento, comum em obras do metrô de São Paulo, será usado pela primeira vez nesse tipo de empreendimento. "Ele faz a escavação por baixo da terra, inclusive no subsolo marítimo, de forma a sugar a areia para a superfície e, ao mesmo tempo, cravar os tubos de concreto ao longo de 705 metros", informou o gerente de produção do Consórcio Odebrecht-Carioca, Geraldo Caracini.

Os 3,4 quilômetros que compõem o restante da extensão do emissário, receberão tubos de polietileno de alta densidade (Pead), por onde o esgoto tratado será lançado ao alto-mar.

A Sabesp prevê para 2010 a conclusão de todo o programa Onda Limpa. A meta é beneficiar 223 mil habitantes, além de milhares de turistas que terão melhores condições de balneabilidade.


Fonte: Jornal A Tribuna 02/11/2008

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