Quem decidir instalar a medição individualizada de água em condomínios residenciais ou comerciais pode preparar o bolso, pois o custo ainda é alto. Levando em conta um prédio de quatro andares da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), com 16 apartamentos no município de Francisco Morato, na Região Metropolitana de Grande São Paulo, a instalação do equipamento custou R$ 750,00 por morador.

Ontem, o condomínio assinou o primeiro contrato para colocação dos hidrômetros que permitem que cada proprietário pague pelo seu próprio consumo, e não pelo desperdício dos outros, um motivo frequente de reclamações.

Sem arriscar um prazo, o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira Filho, acredita que a tendência é de queda do valor cobrado pelas empresas certificadas pelo programa PróAcqua para instalar equipamentos de medição individual no Estado de São Paulo. Atualmente, dezesseis estão habilitadas para atender dentro do padrão estabelecido pela Sabesp.

"O custo vai cair ao longo do tempo, com mais empresas certificadas. Não dá para arriscar quando e o valor. Mas temos a expectativa de barateamento". Oliveira estima que a instalação de hidrômetros individuais pode representar uma economia de até 25% para cada condômino. Embora reconheça que o custo de instalação não seja barato, o presidente entende que o apartamento, além da economia e do controle pessoal, será valorizado também porque terá o equipamento de medição individual. 



ACORDO

A instalação só será feita quando existir consenso entre os condôminos para fazer a mudança. Além do acordo, e antes de entrar em contato com a Sabesp, os proprietários devem preparar também o caixa para as despesas com as eventuais instalações necessárias para a adequação.

Isso porque em prédios muito antigos, a implantação fica mais cara dependendo do númerode prumadaspara a distribuição de água e das condições das tubulações galvanizadas que podem ser substituídas.

"Teoricamente, qualquer prédio poderá implantar. Vai custar mais caro ou não dependendo das reformas que necessitem fazer", disse o diretor da Região Metropolitana de São Paulo - Sabesp, Paulo Massato.

Mesmo com a troca dos medidores, vale lembrar que ainda haverá, na maioria dos condomínios, as despesas com o consumo das áreas comuns, que permanecerão sendo divididas entre os moradores.

A secretária de Saneamento e Energia do Estado, Dilma Pena, acredita que a instalação dos hidrômetros individuais é uma modo mais justo de utilização da água, na medida em que cada cliente paga somente pelo que consumiu, mais a parte que lhe cabe pelo uso comum. "O cliente tem o direito de saber quanto gastou. É um respeito ao Código do Consumidor", afirmou.

Facilidade

Em empreendimentos novos, a instalação é mais fácil, pois os hidrômetros individuais podem ser previstos na concepção do projeto arquitetônico.

Nos antigos, além do custo do equipamento, o que pode inviabilizar, dependendo do caso, é o alto custo da reforma hidráulica.

O consumo das áreas comuns do condomínio continuará a ser rateado entre todos os moradores.

Fonte: A Tribuna Online 17/12/2008

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