Algumas doenças físicas que geralmente se manifestam na terceira idade necessitam do uso de remédios e podem levar à doença mental mais frequente observada em consultórios psicológicos e psiquiátricos: a depressão. Alguns sinais da depressão são: insônia e irritabilidade, acompanhados de ansiedade, tensão muscular, dores de cabeça, sudorese, palpitações e tremores nas mãos. Sintomas estes que devem ser avaliados com critérios pois confundem-se com outras doenças.
A indicação de medicação antidepressiva é importante, assim como o acompanhamento psicoterapêutico que dará suporte para que sejam trabalhados os aspectos emocionais envolvidos na manifestação da doença.
 
Se o paciente não consegue dormir, tem insônia, não basta só tomar um remedinho. Por que não dorme? Quais as vivências dele neste momento? Como andam seus relacionamentos, vida financeira e sexual? Está vivenciando algum luto? Aposentou-se? Os filhos foram estudar fora? Está rompendo ou iniciando um relacionamento afetivo? Essas são situações frequentes que precisam ser elaboradas emocionalmente!
 
O transtorno hipocondríaco (ou neurose das doenças) é muito frequente entre idosos. Nesses pacientes, qualquer tipo de alteração fisiológica (dor de cabeça, ruídos internos no trato digestivo, batimentos cardíacos alterados) é interpretada como risco eminente de doenças gravíssimas.
 
A demência tipo Alzheimer é mais frequente em mulheres, caracterizada por um declínio progressivo das funções cognitivas, afetando mais a memória. A noção de orientação e a linguagem são gradualmente prejudicadas. O comportamento altera-se apresentando depressão, obsessões, desconfiança ou surtos de raiva com riscos de atitudes violentas.
 
Já os transtornos de ansiedade podem se manifestar após os 60 anos levando-se em conta o aparecimento dos sintomas em pessoas com características de personalidade como perfeccionismo, rigidez mental, inflexibilidade, excesso de organização, excessivamente rotineiras.
 
Na terceira idade existem fatores psicossociais que predispõem os idosos a transtornos mentais. São os lutos, solidão, questões financeiras, perda de papéis sociaise autonomia, prejuízos na saúde, inclusive no funcionamento cognitivo (perda de memória e dificuldades de raciocínio lógico).
 
O processo de envelhecimento não necessariamente leva às doenças mentais.
 
Todos nós precisamos prestar mais atenção às escolhas que estamos fazendo hoje, agora em nossas vidas! Muitas vezes permanecemos presos a determinadas situações negativas e mantemos padrões de comportamentos inflexíveis, rígidos. Agimos e reagimos teimosamente, sempre colocando a responsabilidade da nossa felicidade nas mãos do outro ou culpando o mundo por nossas próprias falhas. Lembrem-se de que não é necessário mudar nada nem ninguém ao seu redor. Basta que trabalhem internamente a maneira de olhar para tudo e para todos. Vocês não vão achar nada em seu mundo externo que não esteja refletindo o seu próprio interior!

MARTHA GOMES KRÄHENBÜHL É PSICÓLOGA CLÍNICA FORMADA PELO INSTITUTO METODISTA DE ENSINO SUPERIOR, DE SÃO BERNARDO DO CAMPO (CRP 06/18461)

Fonte: Jornal A Tribuna

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