Só em São Paulo, um milhão de câmeras estão ligadas, monitorando o vaivém das pessoas. Será que esses recursos estão sendo usados da forma correta?

Os especialistas dizem que é preciso muito mais do que câmeras para impedir assaltos. É preciso atenção e treinamento dos profissionais envolvidos e que a segurança pública funcione.

Nem a cerca elétrica, muros altos, vigilância 24 horas e câmeras no condomínio de luxo impediram a tragédia. Os ladrões invadiram a casa em Rio Claro, no interior de São Paulo, renderam a babá e duas irmãs gêmeas. Uma delas, Gabriela, levou um tiro na cabeça e morreu.

Quando o assunto é segurança, os moradores de São Paulo lideram os investimentos. Mais de 1 milhão de câmeras de monitoramento estão instaladas lá, 80% do que existe hoje no país.

Em um condomínio elas funcionam há quatro meses. Estão no jardim, na garagem, na entrada, no portão eletrônico. Cada um que chega é monitorado.

"Tudo dentro do prédio gira em torno da segurança. Você está lidando com outras vidas", diz o síndico do prédio Alex Fernando Larraya.

Mas mesmo com os equipamentos, quem entende de segurança aponta ainda alguns riscos. Os portões deveriam abrir e fechar separadamente e a guarita deveria ter as portas e janelas sempre fechadas. Conversas com moradores nem pensar.

"É um local de trabalho, não é um local de conversa. A presença física de outras pessoas tira a atenção que ele precisa ter", aponta a presidente da Abese Selma Migliori.

No Brasil, 500 mil imóveis são monitorados por sistemas de segurança: 53% deles estão localizados na Região Sudeste. Um mercado que nos últimos oito anos cresce em média 13%. Ano passado faturou quase R$ 1,5 bilhão.

Tecnologia e treinamento não adiantam se não houver uma terceira condição: a participação do morador. Pagar pelo esquema de segurança é só uma parte dessa responsabilidade. É preciso cumprir as normas aprovadas pelo prédio em assembleia, mesmo que a pessoa não concorde com elas.

Segundo a Polícia Militar, em 90% dos roubos a condomínios em São Paulo, os bandidos entraram pelo portão da frente.

"São casos de entregador, que vem disfarçado como entregador. Mulheres para poder burlar esse sistema. A mulher canta o porteiro e muitas vezes ele, por despreparo, abre. Pessoal vai como corretor de imóveis, ou como autoridades. São várias maneiras que o bandido utiliza para burlar o sistema de segurança", alerta o capitão da PM, o comandante José Elias de Godoy.

Fonte: TV Globo - Bom Dia Brasil

Compartilhe

Veja outras notícias

Negociações coletivas encerradas para as bases territoriais de São Vicente, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

+

Leia mais

Atenção: Assembleia Geral Extraordinária - Negociação Coletiva 2024/2025 - Síndicos, participem!

+

Leia mais

Assembleia Geral Extraordinária

+

Leia mais