Quem passa pelo Residencial Ana Costa “A” e vê os moradores sentados confortavelmente nas pracinhas do jardim do condomínio não imagina que elas são inteiramente construídas com material recolhido na rua ou com objetos que foram descartados pelos próprios condôminos.

Ecologicamente correta, a reutilização de materiais começou a ser feita pelo síndico, José Roberto Mathias Pinto, que teve idéia de tornar mais agradável o jardim para as pessoas do prédio a partir de uma reforma no hall. “Na reforma, fomos tirar o banco que havia no hall, mas notei que um dos moradores, que tem mais de 80 anos e se locomove com ajuda de andador, saia do elevador e descansava no local, antes de seguir para tomar sol no jardim”.



José Roberto começou a se perguntar onde aquele senhor se sentaria e resolveu tornar mais confortável o hall e melhorar a situação do jardim. “Tirei o banco e coloquei duas cadeiras, mas ao invés de jogar o banco fora, levei-o para o jardim, assim teríamos uma área de lazer ali”.



O síndico e os moradores ficaram tão contentes com o resultado dessa mudança que já construíram mais duas pracinhas, com material que seria jogado fora ou que foi recolhido cuidadosamente na rua.



A primeira praça foi feita em agosto do ano passado e a última, embora já esteja sendo aproveitada pelos moradores e visitantes do prédio, ainda não está terminada. “Só falta colocar uma cerca ao redor dos bancos para ficar mais bonito. Então, comecei o trabalho de coleta de material na rua e já consegui madeira suficiente para a cerca sem gastar um centavo”, comenta o síndico.


 
José Roberto está no início do segundo mandato, foi reeleito há apenas dois meses, mas a diferença já é sentida pelos moradores. Um dos membros do conselho consultivo do prédio, Gil Carlos Belém, afirma que tudo está realmente melhor. “Moro aqui há 25 anos e nunca vi esse prédio tão bem cuidado. O local que tínhamos para o jardim era um amontoado de mato e não o lugar que temos hoje, destinado às pessoas”.

Fundo de Obras



Mas nem tudo são flores para José Roberto, a primeira grande batalha que enfrentou depois de eleito como síndico foi a de conscientizar os moradores sobre a necessidade de mudanças administrativas. O dinheiro do fundo de obras, por exemplo, só deveria ser usado para uma finalidade específica: as obras. O que implicaria em aumento no condomínio para manter as despesas extras com manutenção e aí começou a resistência. “Antes de me candidatar a síndico, estudei, fui me informar sobre o assunto e percebi a necessidade de mudanças. Foi difícil fazer as pessoas entenderem que não é certo usar o dinheiro do fundo de obras na manutenção ou em despesas corriqueiras, mas hoje sei que conto com o apoio da maioria”.

O advogado Rubens Moscatelli, presidente do Sicon, afirma que José Roberto agiu corretamente e que há casos em que o uso indevido do fundo de obras causa complicações jurídicas aos responsáveis. “Com medo de aumentar o valor do condomínio devido a despesas não programadas, é comum as pessoas utilizarem o dinheiro do fundo de obras, mas isso pode trazer sérios problemas ao prédio e ao síndico.
O síndico deve sempre recorrer à assembléia geral, onde todos poderão debater e decidir sobre o assunto, para que no futuro o síndico não seja responsabilizado pela destinação não autorizada do dinheiro”, alerta Moscatelli.

Economia
Embora o fundo de obras tenha elevado um pouco o valor do condomínio, José Roberto tenta compensar esse aumento de outras formas. Antes de contratar qualquer serviço, por exemplo, o síndico afirma que faz muita pesquisa para descobrir o menor preço sem perda de qualidade. “Passamos por uma grande reforma. Impermeabilizamos a caixa d’água, pintamos o prédio por dentro, as escadarias e também aplicamos textura na fachada. Instalamos câmeras de segurança em vários pontos e interfone na entrada de serviço, isso sem contar os trabalhos menores. Peguei orçamentos que chegavam a R$ 160 mil, mas conseguimos gastar apenas R$ 83 mil, uma economia de quase 50% no total”.

Sicon



José Roberto sempre pesquisa muito na internet, mas recorre ao Sicon quando quer tirar dúvidas importantes e, assim que assumiu a função de síndico, filiou o condomínio ao sindicato. “Quando descobri que havia um sindicato para os assuntos de condomínio, quis filiar o prédio o quanto antes. Além de informações do cotidiano dos prédios, o Sicon fornece embasamento jurídico, o que é muito importante para o síndico e também para quem quiser saber se o que está acontecendo no seu condomínio é correto ou não”. 





Fonte: Assessoria de Imprensa Sicon

Compartilhe

Veja outras notícias

Negociações coletivas encerradas para as bases territoriais de São Vicente, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

+

Leia mais

Atenção: Assembleia Geral Extraordinária - Negociação Coletiva 2024/2025 - Síndicos, participem!

+

Leia mais

Assembleia Geral Extraordinária

+

Leia mais