Apesar dos cabelos bem branquinhos, a disposição que Leonor Simões de Almeida apresenta está longe de ser a de uma senhora que fica em casa fazendo apenas tricot. Síndica do Condomínio Jardim Azul há muitos anos, ela conhece como ninguém o prédio e luta incansavelmente para que tudo fique em ordem no local.

A história de dona Leonor como síndica começou quase ao mesmo tempo em que sua mudança para lá, em 1960. “Percebi logo que as coisas não poderiam ficar como estavam. O condomínio precisava de alguém que colocasse a ‘casa’ em ordem. Eu e outra vizinha, a dona Nelza, é que pagávamos tudo com nosso dinheiro, fazíamos o rateio e depois saíamos, de porta em porta, para apresentar as contas, mas era um problema para receber”.



Mesmo enfrentando várias dificuldades, a síndica não desistiu e acabou desenvolvendo uma relação afetuosa pelo prédio. “Passei por fases não muito agradáveis aqui dentro, mas superei todas e tenho amor por esse lugar. Sempre fiz - e ainda faço - todo o possível para valorizá-lo cada vez mais. Afinal de contas, um imóvel é um bem conseguido a custa de trabalho e que, por isso mesmo, deve ser valorizado”.

PROBLEMAS, NEGOCIAÇÕES e SEGURANÇA



O prédio passou por muitas transformações desde que dona Leonor foi morar lá. Em uma das maiores reformas feitas no condomínio, ela lembra que enfrentou grave situação, só contornada com perseverança e dinamismo. “Durante os trabalhos da reforma que fizemos em 2001, a empresa responsável pelas obras decretou falência. Tive muita dor de cabeça, enfrentei problemas com a empresa e com seus funcionários, mas com a ajuda do Sicon, consegui saber como agir para que o condomínio não fosse prejudicado”.



Segunda a filha de dona Leonor, Virgínia Simões de Almeida, que é seu braço direito na administração do condomínio, ordem e negociação são as palavras-chave nos períodos em que sua mãe ocupa o cargo de síndica. “Se há um serviço de pintura a ser feito, ela pega vários orçamentos e depois pergunta aos interessados o que eles darão ao prédio para pegar o serviço. Assim, ela já conseguiu que reparos necessários fossem realizados sem custo adicional para os condôminos. Uma vez, a empresa que contratamos para a pintura das janelas chegou a fazer a calçada totalmente de graça”, conta com orgulho.
 


Câmeras de monitoramento foram instaladas durante um dos mandatos de dona Leonor,  que considera segurança fundamental. “Se podemos cuidar melhor do nosso patrimônio porque não fazer? O que precisamos é enxergar que os investimentos com segurança sempre são um benefício e, além disso, a despesa para instalação do sistema de câmeras é uma só. E nem é tão caro assim, quando analisamos direito”.



PLANOS
Dona Leonor não se cansa e afirma que ainda tem muitos planos para o condomínio Jardim Azul. “Quero revestir as laterais do prédio, pintar as portas e as escadarias. O tempo vai passando e sempre há o que fazer. Sou uma pessoa com disposição para realizar o que for necessário, inclusive brigar pelo que é certo. Se for realmente preciso, eu luto pelo bem do prédio, sim!”.



Perto do final do ano, ela faz rateio entre os condôminos para a caixinha de boas festas. E a síndica assegura que dá para fazer isso sem que doa o bolso de ninguém. “Temos um caixinha para as despesas com enfeites natalinos e também para dar um agrado ao carteiro, às varredoras e aos rapazes que fazem a coleta do lixo. Se começamos alguns meses antes, podemos pegar apenas R$ 10,00 de cada um. Nem sentimos a diferença e proporcionamos um final de ano um pouquinho mais confortável para essas pessoas que trabalham tanto durante o ano inteiro”.



Fonte: Sicon

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